⁠O Rádio: O velhinho, com seus... Leila Boás

⁠O Rádio: O velhinho, com seus cabelos brancos e olhos cansados, segurava o velho rádio com carinho. Por muitos anos, aquele aparelho havia sido seu companheiro... Frase de Leila Boás.

⁠O Rádio: O velhinho, com seus cabelos brancos e olhos cansados, segurava o velho rádio com carinho. Por muitos anos, aquele aparelho havia sido seu companheiro fiel, trazendo música e notícias para sua vida solitária. Mas, com o passar do tempo, o rádio havia parado de funcionar, silenciando as melodias que outrora enchiam seu coração de alegria.

Um dia, decidido a reviver aqueles momentos, o velhinho levou o rádio ao conserto. O técnico, com mãos habilidosas, conseguiu ressuscitar o velho aparelho. Quando o velhinho o ligou, a música começou a tocar, e ele foi transportado para um passado distante.

Com o rádio nas mãos, o velhinho começou a dançar pelas ruas, sorrindo de orelha a orelha. A música era uma valsa antiga, que ele lembrava de ouvir em sua juventude. Ele girava e rodopiava, sentindo-se jovem novamente.

As pessoas nas ruas paravam para olhar, surpresas com a alegria do velhinho. Alguns sorriam, outros aplaudiam, e alguns até começaram a dançar junto com ele. O velhinho não se importava com o que os outros pensavam; ele estava perdido na música e nas memórias.

Com o rádio apertado contra o peito, ele dançava como se estivesse em um sonho. A música parecia ter despertado uma parte dele que havia sido esquecida por anos. Ele sentia-se vivo, sentia-se feliz.

Quando a música acabou, o velhinho parou de dançar, sorrindo ainda. Ele olhou em volta, vendo as pessoas sorrindo para ele, e sentiu uma sensação de gratidão. Ele sabia que, por um momento, havia compartilhado sua alegria com os outros.

O velhinho voltou para casa, ainda segurando o rádio, e o colocou na mesa. Ele se sentou ao lado, olhando para o aparelho com carinho. Ele sabia que, enquanto o rádio funcionasse, ele teria música para dançar e memórias para reviver.