VULNERABILIDADE Hoje foi um dia de... Tais Coll Pires

VULNERABILIDADE
Hoje foi um dia de desamarrar os nós, aqueles que me apertam desde muito tempo.
Assumir e abrir minha vulnerabilidade é como ficar nu, me despido da proteção que eu forço em colocar em mim, para tapar todas as minhas imperfeições. Como se elas fossem erradas e feias de apresentar ao mundo.
Quando externei isso, com sinceridade e sem medo, foi agoniante e ao mesmo tempo me senti mais leve. Parece que quanto mais a gente tenta esconder de si, mais aquilo te sufoca e te joga num buraco. Muitas vezes, me vejo fora deste buraco, compreendendo o meu ser e de fato, encontrando minha autenticidade, só que isso não é constante, pois do nada, eu percebo que estou no fundo dele mais uma vez.
A fala, cura. Por isso, a maior arma que podemos ter no mundo, é a linguagem, com ela podemos se curar ou se ferir, mas da falta dela também.
Eu tento, a cada dia, ir em busca de algo em mim, que eu muitas vezes não sei definir, e hoje consegui entender um pouco dessa dinâmica. Não saber o que quero, faz eu me sentir perdida.
Por isso, ser sincera consigo mesmo é digno, me alivia e ajuda a organizar as percepções. Estar vulnerável, não me deixa fraca, cada dia percebo mais, que é através da vulnerabilidade que crescemos, que fortalecemos relações que muitas vezes estão quebradas ou má interpretadas. Se despir para o outro, é afirmar para si, uma maturidade que é bela. Não somos perfeitos, não seremos melhores se soubermos de tudo, é muito mais bonito, dizer “não sei, me ensina” por exemplo. Se colocar numa posição mais vulnerável, seja em qualquer contexto, precisa de força e de muita humildade.
2024