A morte põe um olho no passado e outro... Carla Madeira

A morte põe um olho no passado e outro no futuro e deixa a gente cego na hora, no encontro do que foi e do que será, na tortura do que poderia ter sido. Impõe o desespero do definitivo, trava os movimentos. Embrulha o estômago indigesta. Faz frio nos ossos. A morte é vida intensa demais para quem fica.

Carla Madeira Tudo é rio. Rio de Janeiro: Record, 2021.