Quando me deixaste em 2018 Foi o... Claudino Nunda

Quando me deixaste em 2018
Foi o telefone que me acolheu
Quando ficavas uma semana ou mais sem falar comigo
Foi o telefone que me acolheu
Quando fazias mania diáriamente
Foi o telefone que me acolheu
O telefone fazia tudo, o que farias
Só não fazia jantar, porque não tem braços
Não ria comigo, mas fazia-me rir
O telefone acudia-me de ti
O telefone é meu hospedeiro
Não faz pão, porque não é padeiro
Quando o mundo é contra mim
Ele é por mim
Por que namorar?
Se ele desempenha o papel de namorada
Do telefone não quero ser separado?
Do computador, não quero, nem por punhado
Esses dois me acolhem e dão-me apetite
Telefone é amicíssimo e indispensável
Comigo não é despresível nem miserável
Já briguei com quase todos
Também, brinquei com todos
Por ele já gritei com vários
Com ele já falei com vários
Ainda que estiver no armário falarei com todos