Verão de 1994 Lembro bem, pós copa do... Giovane Silva Santos

Verão de 1994

Lembro bem, pós copa do mundo, verão de 1994.
Foi quando me despendi da bolinha de gude, das barrinhas e peões, do esconde, esconde.
Das aventuras de cada lugar e onde.
Oh verão.
Peguei o trem, atravessei o oceano e estava eu a beijar um sonho.
Vaguei suspirando, com medo e preocupado, porém a saudade na mudança das estações.

E foi dada a largada, logo, logo se despedindo da adolescência e como penitência a flor.

Sim, passei pelo jardim e senti o sabor.
Foi dado a largada, rumo ao sonho, rumo ao engano, a ilusão, a real situação no semblante juvenil.

Enquanto isso, mau comecei sonhar, aquele sonho crucificado de modo medonho, a cicatriz é viva, grita e dói, as vezes corrói o passado turbulento.

Não sei nem explicar esse enredo que ainda não teve fim, inverno que se faz inferno, também a primavera a florir.

A mais bela e perversa canção, uma vida contemplada pelo extremo, continuo a jornada, titubeante pela paixão, aquela consideração pela amada.

E o sonho, deixa pairar e existir, no outono talvez me encontrei aqui a oportunidade de chorar e sorrir.

Vivo na contradição, meu coração com as sequelas das frustrações, a mente fragilizada e um brio vivo pela esperança de um novo verão.

Giovane Silva Santos