Setembro. Quando se perde a natureza do... PauloRockCesar

Setembro.


Quando se perde a natureza do ser
Os olhos não vêm mais beleza
E toda poesia se veste feita uma valsa triste

E não a ar que nos abrigue em um mundo de solidão,

A tanto tempo eu procuro E são tantas noites sem dormir

O que estávamos procurando está fora de casa .
O que tanto aguardamos não volta com suas asas.

Perseguidos pelo mundo
Escondendo o rosto e coragem
Um caminho longo
Na vida curta
Só mais uma estrada triste
Um dia cinza outra alma sem par

E medo me persegue nas noites pesadelos
Durante o dia tormento e desespero
Não sou tão forte,
quanto antes.
Quando criança sentia mês pés firmes
no chão,
hoje já não sei andar descalço.
Hoje já não sinto a terra.
Estou preso nessa selva sem ar.

E o amor hoje voa longe, gostaria de velo outra vez bater suas asas em direção mim, sei que hoje ela vive em
outro Jardim.

Eu vejo a vida passar,
E o tempo me maltrata, me tirando as folhas sinto meu tronco rachando, assim
como meu peito.
Sou uma árvore presta a estimação.

Sou o fruto jogado no chão.

Sou o passado, mais não vejo futuro
nessa escuridão.
Todo amor que um dia conheci,
hoje é somente cinza poluindo meu coração...

PauloRockCesar