Passou. Passou, acalmou, silenciou,... Tiago Szymel

Passou.

Passou, acalmou, silenciou, sufocou, findou.

Como é belo o marmelo”remédio caseiro” natural mais conhecido como tempo.

Ele vêm , é só deixar que ele vêm.
Não é da noite pro dia, mas ele vêm.

Ele vêm e silencia.
Ele vêm e acalma.
Ele vêm e tranquiliza.
Ele vêm e dissolve.
Ele vêm te amadurece, te fortifica e te torna alguém melhor do que ontem.

Melhor não no sentido de ser bom ou do bem ou para alguém como uma receitinha de bolo clichê.

Melhor no sentido de melhor pra você mesmo, melhor do que você conseguia ser na versão anterior.

Melhor no sentido de visão ampliada e capacidade de se relacionar consigo mesmo em seu mais íntimo e entender com mais profundidade a realidade e as fantasias constantes de viver em sociedade.

Fantasias de viver em grupo e especialmente em dupla.

Fantasias das expectativas doentes e das nossas pseudos certezas que não possam de bolha de sabão e fumaça.

Passou.
É ridículo saber depois que se sabe.
Você não vai entender isso agora, mas entenderá no dia que um vulcão estiver em erupção na raiz das suas emoções afetivas e o tempo passar, quando ele passar você vai sorrir da sua desgraça emocional passada e vai pensar; Que bobagem, como eu me abalei tanto por tão pouco ?

Os afetos são uma espécie de confusão mental absurda que desorganizam a corrente sanguínea.

Não vou fazer pouco caso agora que passou.

Precisamos ficar dementes as vezes para tentar sentir algo que seja de alguma
Maneira inspirador.

Mas na real, depois que passa é só poeira, fumaça, pó e fantasia.

Passou.
Amém e até a próxima sensação absurda ou não, tanto faz.

É tudo muito infantil e pequeno.
É tudo sem lógica e irracional.
É bicho com bicho.
É pele com pele.
É gozo com gozo.
É dependência química humana, tipo uma droga/entorpecente natural.
É dependência intelectual.
É o destaque na multidão.
É bom, é raro, é gostoso, é único mas é muito tosco.

A paixão é uma aberrarão da natureza, meio instinto, meio cliques aprendidos.

Meio bom meio péssimo.

Meio que trás vida meio que trás morte.

Se não viver isso tu está mórbido e cinza.
Se viver demais tu perde a vitalidade.

Eita trenzinho complexo é ser Homosapiens.

Quem mandou querer misturar evolução natural com evolução artificial.

As ferramentas complexas de caça, a civilização e a agricultura sao o fatores determinante para estarmos no topo da cadeia alimentar.

Acordarmos e pensamos que o
Mundo sempre foi assim.

Acordamos e está tudo lá disponível, todo aprendizado dos filmes românticos e o B A BAAA de como as coisas tem que funcionar.

Nos esquecemos que semana passada éramos apenas primatas vivendo na savana africana.

É louco ser um ser humano moderno.
Talvez piore.
Mas valeu, afinal, Tudo passa, tudo passará. Passou.

Tiago Szymel 29/11/2019

Obs: Texto rascunho não corrigido ortograficamente.