Confluência da alma e o destino Há... Rafaela Portilho

Confluência da alma e o destino

Há tanta doçura nos teus olhos
Que me embriago dela sem perceber
Tua companhia me deixa tão leve
Me dá uma sensação de calmaria
E o que sinto não tem palavra certa capaz de descrever
Você aquele ímã que atrai o melhor das pessoas
Ou pelo menos é como um ímã
Que atrai o melhor de mim
Extingue minha raiva e ofusca meus medos
Cativa minha confiança
E às coisas que eu não queria
Começo a me permitir

Toda a tua gentileza de delicadeza
Me fazem sobre minhas próprias escolhas refletir
Não sei mais se vale à pena
Trancar-me pelo lado de dentro
Tem algo em quando estou contigo
Que me instiga a não desistir
Eu sei perfeitamente que você também tá fechado
E sei que se te alcançar eu tentasse
Talvez isso que temos
Corresse risco de não mais existir
E não quero perder por isso teu oceano
Ao contrário disso
Se permitires
Quero ir mais fundo
Onde dormem as melhores partes de ti

Os anos representam muito tempo
Se com a idade física a gente for se importar
Mas quem pode dizer a idade das nossas almas?
Ou por quantas vidas passamos antes do nosso caminho se cruzar?
A vida tem dessas manias
De deixar incógnitas que não têm uma solução
É como se todo conhecimento fosse pouco
Para tudo o que acontece formular uma explicação
Não existem acasos e nem coincidências
Existe apenas oportunidade que o destino cria pra nós
Pena que as vezes somos tão tolos
Que mesmo com a felicidade na nossa frente
Mesmo que não faça sentido
Escolhemos ficar a sós.