O último adeus Ninguém podia... Guilherme Guldsmed

O último adeus Ninguém podia desvendar. Ninguém nem ao menos sentira. “Tudo em vão”, foi o que eu disse. Porém, estou tentando aprender a perder. Um infortúnio ... Frase de Guilherme Guldsmed.

O último adeus

Ninguém podia desvendar.
Ninguém nem ao menos sentira.
“Tudo em vão”, foi o que eu disse.
Porém, estou tentando aprender a perder.
Um infortúnio pensar em dor naquela hora.
A morte foi uma maneira de me esconder.
Você podia dizer adeus, mas tu fugiras antes disso,
e eu acabei fugindo do mundo.

Não vá, por favor, fique.
Desliguei a luz como você gostava.
Não diga que a culpa será minha
por não te amar do mesmo jeito.
Só porque você vai embora.

Gotas de chuva caem na janela.
Eu costumava contá-las na mente.
Como um tufão destruindo tudo,
eu me despedacei e me recompus.

Foi tao difícil entender toda aquela escuridão.
Quando eu nem ao menos consegui entender uma perda.
Eu não quis pedir ajuda, mesmo quando Deus apareceu pra mim,
e eu sumi da presença dele.

Não vá, por favor fique.
Esta tão tarde, tenho medo que se perca.
Quem diria que eu que me perderia.
Nas minhas próprias magoas.
Eu não sei porque doeu tanto.
Parece vago, mas minhas palavras foram sugadas
por tudo o que algum dia eu reguei.
Tão seco como aquele adeus.

Tic-tac, o tempo passa.
Mesmo quando eu tinha tudo,
eu não vou dizer que não tive nada.
Mas eu sei que tudo tem explicação.
Meu coração se encherá de novo.
O clichê é uma tendência humana, eu sei.

Não vá, por favor fique.
Está tão tarde, tenho medo que se perca.
Porque eu apaguei aquelas luzes?
Agora não vejo nada.
Parece vago, mas minhas palavras foram sugadas
por tudo o que algum dia eu acreditei.
Tão seco como aquele adeus.
Tão seco como aquele adeus.

Tiro minhas mãos dos bolsos… lentamente,
balanço as mesmas sem ao menos exitar.