As últimas palavras, a meu ver, são as... Cristiana Pacheco

As últimas palavras, a meu ver, são as que acabam com todas as esperanças e as que nos fortalecem e nos ajudam a erguer a cabeça e a seguir em frente. Os sentimentos ao longo do tempo mudam, ou aumentam/mantêm-se, ou vão desaparecendo... No nosso caso, a cada dia que passava, sentia um pedaço de ti a sair de mim, o que sentia por ti, por mais puro e verdadeiro que fosse, ia desaparecendo, porquê? Então, o que é que nos faz apaixonar por alguém? Os pequenos detalhes, os sorrisos, simples palavras (...), mas também são pequenos detalhes que nos fazem deixar de gostar de alguém. Foi a tua insegurança, o teu medo, a tua desconfiança, a tua falta de atenção, a tua falta de vontade e a tua falta de esforço que me fizeram desistir... Como havia dito, o tempo muda as coisas, por isso é que com o tempo fui me apercebendo que mereço melhor, porque tu não me fazes sorrir, tu não me fazes sentir bem, não me aceitas com as minhas imperfeições, porque tu não és o suficiente, por mais que eu deseje isso... Não sou a melhor do mundo, mas há coisas que temos de ter noção, uma delas é aquilo que merecemos...
Todos nós sofremos de um problema por culpa desta sociedade egoísta, o que fazemos ou deixamos de fazer só nos cabe a nós, e o que é passado fica lá mesmo, no passado, não há razões para estarem a intrometerem-se numa vida que não lhes pertence, muito menos no passado, se pelo menos dissessem as coisas como elas realmente são ajudava imenso, mas o verdadeiro problema é que só dizem aquilo que querem, da forma como querem, nós só sabemos aquilo que conhecemos, aquilo que somos capazes de perceber, isto também foi uma razão para desistir, foi a confiança é a chave para tudo, então se confiasses em mim, não irias te importar com aquilo que dizem ou deixam de dizer... Desgosto foi a palavra que usaste para descrever o que sentias quando ouvias algo sobre mim, isso não é típico de alguém que gosta. Tu estás a basear-te naquilo que ouves e não naquilo que conheces, vês e és capaz de afirmar...
À medida que o tempo passava fui me interiorizando que não valia mais a pena estar a gastar o meu tempo, as tuas atitudes também ajudaram imenso, quando chegou o temido dia em que eu desisti de uma vez, não senti nada de mais, foi indiferente, não deitei mais lágrimas, eu apesar de não ter deixado de sentir, percebi que não podia chorar nem sentir saudades, pois afinal, nunca foi real, como é que é possível sentir saudades de algo que nunca existiu? Pois, é impossível. A vida por vezes dá nos com esses golpes e torna-nos diferentes. Eu julguei-te a melhor pessoa do mundo, mas agora pergunto-me 'porque?', eu não sou capaz de explicar porque nunca me fizeste bem, nunca fizeste nada por mim, nada para me mater a teu lado, simplesmente deste-te ao trabalho de fingir um sentimento e de gastar tempo comigo, tento a noção que não querias nada para além de uma simples amizade, mas mesmo assim não exitaste em dar-me falsas esperanças... A verdade é que para mim também não passou de uma ilusão, de uma perda de tempo afinal o que julgava ser um sentimento verdadeiro não era, nem sei que raio de sentimento era esse, porque todo o 'amor' que sentia tornou-se em ódio e desgosto, sim temos algo em comum, e olha só a ironia é o que sentimos um pelo outro. Mais um golpe da vida.
Sim eu sei que as coisas já não são como 'antes', quando supostamente estavas gostando, mas eu continuo sentindo, sentimentos não vão com o vento, vão com o tempo... O amor sim é como o vento, podemos senti-lo, mas não o conseguimos ver, daí a típico ditado 'o amor é cego'.
Falando da tua ida, ela fez me sentir livre e de certa forma feliz, pois havia aquela sensação de ter tirado um peso de cima de mim. Eu segurei isto por imenso tempo, sim 'eu', não 'nós', porque fui eu que andei todos os dias dando 100 em 100, enquanto que tu nem um pequeno esforço fazias, nunca te preocupaste, nunca quiseste saber disto... Eu nunca te falhei, sempre estive presente, até bem no início quando gostavas de outra, eu ofereci-me para te ajudar e aconselhei-te, porquê? Porque apesar de querer que fosses feliz comigo, vi que era de outra pessoa que querias ouvir um 'amo-te', eu respeitei e continuei ali para ti, para te ver feliz... Tudo porque julguei que era mais importante do que ser feliz era ver quem nós amamos feliz... A única coisa que te peço é que não tentes voltar, pois neste caso eu irei cometer o erro de voltar, porque eu tentei lutar contra isso, mas perdi a batalha, agora estou simplesmente a correr para longe do que sinto. Eu não me quero perder novamente te amando... Eu confio em mim quanto àquilo que sinto por isso, por favor, faz o que te peço e cai fora, para com esta brincadeira e interioriza-te dos estragos que causaste, só ai vais perceber o porquê de não te querer mais apesar de ainda gostar de ti...