CANÇÃO DO APOCALIPSE Arrancaram a... Janaína da Cunha

CANÇÃO DO APOCALIPSE

Arrancaram a medalha presa ao peito do herói,
negaram as verdades do Sagrado
e santificaram as mentiras de suas leis.

Proclamaram os segredos do confessionário,
envenenaram o testemunho da paz
e nos quatro cantos,
pela ganância,
fizeram-se reis.

O mar está em chamas!
Estrelas beijam o chão em última agonia.
O sol sangra.

A infância chora seus inocentes.
O homem come sua própria carne
na súplica de alimentar seu vício;
na esperança de esconder seu litígio.

Trovões cortam a mente humana.
O homem sufoca a própria dor
numa luta desesperada entre luz e trevas.

De onde virá o socorro?...
... onde...?

Treme a Terra.

O céu se abre em canção prodigiosa:
a Fé, arauto do Amor,
rompe o espaço em santa vingança!

Há de surgir uma esperança na última caminhada...
Há de levantar um gesto de amor no derradeiro momento.
Nesse momento... o fim!
O coração do homem está morto.

Mas... o fim é o recomeço!

Uma grande luz de fogo dança no infinito.
Sua essência ressuscita os sonhos da humanidade.
Resplandece a esperança!

A realidade agora é sincera...

A consciência humana desperta seus anseios
para o renascer de uma nova era!

Janaína da Cunha
(Do livro: ENTREGA - A Essência de Uma Mulher / 2011)