Nem o som alto do vizinho me atrapalhou... Mayron de Castro

Nem o som alto do vizinho me atrapalhou essa noite. Nem os altos latidos do rex. Hoje eu estava bem. Dormi bem porque lembrei do cara bacana que eu sou. Aquele que sabe cozinhar e recita poemas pra sua gata. Um cara descolado e desconhecido. Que escreve, toca guitarra e bateria. Que manda bem no Sax e arrisca no violino. Transmite sempre felicidade e engole as tristezas;
mas, não sempre;
Desabafo porque sei que acumular faz mal. Mas felicidade não;
felicidade exalo.
Engulo também.
Nos sábados vou ensaiar no teatro bem cedinho, sempre de ressaca, porque nas sextas, saio pra cidade e encontro os amigos de madrugada.
E mando super bem no salão; danço samba rock e forró.
Como é bom se sentir completo. Mas as vezes também me sinto vazio, mas, de conhecimento. Sento pra conversar sobre tudo;
Adoro conversar com o Toninho sobre política, e com os jovens de música. Tem uns amigos que não gostam de falar de política e outros que não gostam de falar sobre música;
Mas sei separar.
Quando me perguntam qual é o meu maior sonho,
logo respondo:
é tocar as estrelas!
Falo assim, porque isso é impossível. Pois, de resto, o que quiser fazer, faço.
Otimismo toma conta de mim, nada é impossível.
E dou conselhos aos meus irmãos. Digo que o céu é o limite.
É muito bom saber que você é feliz.
Pena passar tão rápido.
A gente sonha com cada coisa.
Triste é acordar desse sonho estranho e se dar conta do merda que eu sou.
Sonhar é tão bom.