Mesmo estando doente, De uma doença... Jorge Lima Loiola

Mesmo estando doente,
De uma doença tida como terminal,
Fico me perguntando,
Quanta força tem meu emocional.

Olho meus colegas,
Irritados por coisas fúteis,
E eu orando,
Pra viver dias úteis.

Estarrecedor é o que observo,
Dos meus amigos, família e aos que estão ao redor,
Sem saberem o que fazer,
Não possuem palavras para dizer,
E isso me deixa só.

Digo que não é fácil,
Passar por tudo e ainda sorrir,
Mesmo sendo em muitos momentos,
A vontade de desistir.

Não sei onde encontro forças,
Para tanto trabalhar,
Sabendo que em muitos momentos,
Vivendo queria estar.

Muitas vezes me pergunto,
O que adianta tanto labutar,
Se desta vida nada se leva,
Somente o desgosto,
De uma vida a estraçalhar.

Poderia a classe dominante os majoritários ajudar?
Se todos temos direitos, poderiam nos amparar?
Não queria ser experimento dessa grande massificação,
Eles agem em nossos pontos fracos nos deixando sem solução.

Todos nessa terra,
Mortos já estão,
São os desfavorecidos,
Ou os que comandam esta nação.

Livrarmos deste inferno,
Que muitos tendem a passar,
Pode ser um grande alívio,
Quando em outro “mundo” chegar.

Pode ser que nunca exista,
Mas é necessário acreditar,
É tendo esperanças,
Que um dia desses vou encontrar,
Algum lugar para melhor morar, amar, pensar e cuidar.