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Élcio José Martins
A MENTE DA GENTE
A mente que mente não é da gente,
É da gente a mente que não mente.
Mas mente solenemente, a mente,
A mente que é da gente, mente que não mente.

Mente elegantemente,
A mente que não é da gente.
Da gente, e puramente,
A mente engana distraidamente.

Mente sem saber que mente?
Por que mente?
É distração da mente?
Ou mente educadamente?

A mente sente,
Mesmo ausente.
Disfarça constantemente,
Do fogo de aguardente.

Somente e raramente,
A dama contente,
Enche o coração carente,
De amor e de paixão ardente.

No rio caminha a enchente,
No entardecer, o brilho do sol poente.
No seu olhar o amor caliente,
O cio da terra flerta com a semente.

A vida pede somente,
Um doce amor contente.
É nobre e decente,
O desejo adolescente.

A mente esconde o que sente,
Traz enganos inconscientes.
À luz de velas incandescentes,
Reluz o que o homem tem na mente.

Do nascer faz vida um ente,
Se não chorou ficou contente.
Primeira vitória foi valente,
Só não sabe o que vem pra frente.

Cresceu entre curvas e vertentes,
Entre perdas e amores incipientes.
Num mundo de posturas divergentes,
Fez o rio para amar seus afluentes.

A mente traz a semente,
A rosa, o fruto e a água quente.
A vida é um presente,
De Jesus e de Deus onipotente.

Élcio José Martins