Constantemente dentro do meu intimo,... Julio Weber Maciel

Constantemente dentro do meu intimo, sinto a felicidade abater-se com muita força, causando o que poderíamos chamar de "Constância intensa de dor". Um apelo sempre brota mais tarde, querendo chegar a uma significação da realidade, congênita em termos de ordem geral e sentimental. Dentro destas duas parcelas, ou passos a seguir, existe uma força misteriosa classificando-nos como seres virtuosos. "Mas o que é a virtude?" Sócrates já perguntava nos áureos tempos tumultuosos do pensamento humano. Sempre nos abaterá esta força. Como fugir dela se pecamos contra a nossa própria existência? Se tentamos enganar com suposições falsas a todos e a nós mesmos?
É certo que uma luz misteriosa ilumina o caminho de alguns. Mas porque não todos buscam esta "misteriosa sabedoria iluminada e magnetizada?" É certo também que a realidade atual não passa de conjecturas incutidas na mente, tornando-nos escravos da "realidade-virtuosa-falta".
Posso sentir em meus tornozelos a dor que é transmitida pelos grilhões da falsidade paliativa das palavras.
Com muita intensidade o raio cai, mas não cai em minha cabeça, cai a meus pés, e parte a corrente que me prende, deixando-me livre. Mas o que é a liberdade? Nem expressa-la eu posso, pois, o que é que poderia dizer sem que um milhão de outras correntes sejam jogadas aos meus pés, com uma única intensão, paralisar os meus passos e tapar os caminhos da verdade e de meu livre-arbitro em busca da tal virtude-real, que se encontra presa nas teias pré socráticas e platônicas da "Gênese humana".