Este(L)ar A noite caí A negritude dos... Talyla Souza

Este(L)ar

A noite caí
A negritude dos céus domina o sol que se pôs.
Enquanto ele se deleitava sob o horizonte infinito,
Eu via teus olhos.
Sentia tua pele.

Um arrepio bom passou pelo meu corpo agora,
Certamente foi a tua mão a me tocar.
Sinto o teu cheiro na madeira jovem do quarto.

Recosto minha cabeça sob a cadeira,
Imaginando ser o teu corpo.
Novamente sinto o vento a me arrepiar.

Chamo o teu nome.
Sinto-lhe.
Minha.
Tão minha.
Uma pequena gigante,
Que nem Davi poderia derrotar.

A tua aura é doce.
Fina.
Resplandescente.
Me invade como os raios de sol
Ao romper o crepúsculo.

Oh, meu doce anjo.
Que nossos olhares se encontrem entre as Marias do céu.
Que atravessemos os anéis de Saturno,
E façamos deles as nossas alianças.

Um casamento de almas.
De anjos que se encontraram.
Que no dia da Criação foram designados:
Um para o outro.

A mente,
O corpo,
A alma,
O espírito!

Estamos ligadas pelas forças celestes.
O nosso amor é puro!
Minha menina e mulher.
Meu doce bom!
Do qual jamais enjôo.

Amo-te de alma.
Não carnalmente.
Pois te sinto a cada brisa que toca o meu corpo.
A cada pulsar de neurônios na minha cabeça.
Os pensamentos te puxão à mim,
Minha pequena.

Que as estrelas nos protejam
E sejam nossas guias.
Acolho-me em teu abraço,
Beijo-te no silêncio
E amo-te,
Amo-te como se fosse o último dia de vida nas galáxias.