PARANOIAS HOSTÍS As lágrimas inundavam... Iasmim Andrade

PARANOIAS HOSTÍS
As lágrimas inundavam seu rosto. A música alta dissipava o barulho da sua voz. A angústia atormentava-a junto do desespero. Uma dupla hostil que causava um efeito tenebroso. Sua amiga a incentivava sair dali, fugir para um lugar longínquo
onde ninguém pudesse encontrá-la, onde tivesse a liberdade de clamar no vácuo. Enfim, já estava acostumada estar junto a ela. Sua companheira constante.
A única que a ouvia e entendia. Mas ela continuava ali, machucando-se com seu próprio Eu, ferindo-se.
E as horas se passavam. O tempo egoísta não estava nem aí para sua situação, corria rumo ao seu objetivo e a deixava. LOUCA. Diriam as pessoas se a vissem naquele estado. Mal sabem eles como é agonizante ter um número indeterminado de pensamentos guerreando uns aos outros por um mísero espaço na sua mente.
Sim. Inúmeras paranoias que ela não sabia o porquê nem para quê estavam ali...
Simplesmente insistiam em estar.