Ela se proibiu: De desistir de ser... Wilton Lazarotto

Ela se proibiu:
De desistir de ser feliz, de não batalhar pelos seus sonhos, achar que a vida não tem sentido, se apegar ao que não lhe faz bem, ter medos novos, fingir ser quem nunca foi, abandonar sua carreira, suas amigas, ela, enfim, aprendeu. Não quer viver sem um caminho, sem um amor ou dois, três, ela quer amar e mandar a solidão derradeira para longe. Ela só sabe amar por completo, por isso se feriu, magoou, morreu um pouquinho, mas não se proibiu de amar, proibiu-se de sofrer, ser enganada, maltratada e não amada. Ela não quer um limite, não quer que a sujeitem a pré conceitos ou que a sujeitem a padrões, ela só quer paz, saúde e amor. Ela concorda que o tempo cura, a mágoa passa, que a decepção não mata e que sempre, sempre, imensuravelmente a vida continuará, por isso, dê espaço que ela quer passar, quer viver e nada nem ninguém vai roubar seus dias, suas horas, suas lágrimas e, principalmente, a partir de agora ninguém mais vai roubar pedaços do seu coração, pois ou o leve por completo ou sequer deixará alcançá-lo.