Tempestade Astral Em minha alma troveja... BARROES

Tempestade Astral
Em minha alma troveja devassidão 
Meus olhos ecásticos tristes estão
Brilham freqüente e vacante reflexo
Espremendo o  florão da minha visão
Deles cai gotas negras de lagrimas
Descem vacilando errante terror
Marcando-me com seus tormentos
E a assídua canção de solidão
Revolto-me com a balburdia 
Com a dor da solente covardia
E a plácida Arcádia de silencio 
Que menosprezam sua recordação 
Com utopia veste-me de desilusão 
Assombra-me unicamente com a tragédia 
Com  a prévia derrota  me tripudia
Desprestigiando o otimismo da minha alma
Vago unicamente num mundo ofego
Com cicatrizes e vazia sensação
Com os olhos em chama de fogo 
Queimando esforços de lassidão
