Coleção pessoal de barroes

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Perdido

Estou perdido nas lembranças dos bons momentos;
Nas sombras dos diferentes hábitos que aflige me.
Voo a procura do aconchego, sossego e paciência;
Como um grande pássaro nas graças dos ventos.

Carente dolente e só no esplendor da aurora;
Perdido Voo na calma das asas da saudade.
Ó cruz áspera do martírio, das amargas nostalgias;
Já não sei mais o que neste meu jardim chora.

Pela saudade que aflige e cega minha alma?
As tramas vivas dos teus espinhos, que enfeitavam
Com teus,os doces beijos a minha ossada?
Ou os loucos desejos, que fez meu corpo ser devorado?

Que dor. ó cruz que atrás de mim encravada encontra se
Hoje meu cadáver de braços abertos sobre ti deito;
Estremece a brisa, as pálpebras cessam se para sempre;
Por fim adormecem meus castanhos olhos na escuridão.

Já não sei mais quem sou eu ou o quem já fui;
Debruço minha alma sobre o jardim dos moribundos;
Enquanto seu amor sob a mansidão da delicadeza;
Cortinada vejo sobre um coração paladino repousar.

Meu Silencio

Tento flertar com o meu silencio
Que orgulhosamente me responde
Com um olhar distraído e pensante
Alem das sombras do horizonte

Fico aqui nesta sala melancólica
De portas e janelas fechadas
Onde canto minhas tristezas
Quando as coisas dão erradas

Perdi meus passos, a minha direção
Para o vento que sopra sem destino
Imaginando o percurso do seu caminho
Que se apagou para a minha vida

Choro pela saudade que nunca me cura
Desesperançosos deixam lagrimas cair
Devem ser nuvens em meus olhos
Que pertencem ao meu negro céu

Perdido, caminho sem minha alma
Desce dilacerando o desprezo até o meu vazio
Enfraquece como o por do sol em dias de outonos
E sinto tudo ao redor se tornar inverno

Palavras

Somente uma fala uma palavra perfeita
Sussurrando uma correnteza de paz
Quando as noites podem parecer ser tão longas
Para um coração perdendo o sentido do viver

Na impotência assisto o meu desaparecer
Não sinto o encanto do ar que você respira
O equilíbrio do amor, do seu perfeito rosto
Cada passos seus em meu caminho

Já não mais se revezam o dia e a noite
Pela janela só vejo a noite adentro soprar
Compartilhando uma escuridão mortal
E as lembranças das amargas memórias

O vento que nela canta abraça forte meu corpo
No silencio Com seu velho violão toca inutilmente
No ritmo e na harmonia a musica da solidão
Para seu perfeito cavaleiro necessitado

Ouço seu coração

Eu ouço seu coração
falando de coração para coração
Quando ele em silencio chama por mim
Entre o olá acompanhado por um adeus

Tão quão possas querer te distanciar de mim
Ouço seu coração
Mesmo quando não queres ser ouvida
Ouço seu coração

Ouço a essência da nossa magia
As lendas noticiando com lagrimas
Um desejo meu que se perdeu
Enquanto eu suspiro o selvagem vento

Mesmo vivendo em pegado
Quebrando as regras do jogo
Para encontrar sua paixão
Eu ainda ouço seu coração
´
Toda vez que perece se apaixonar
E aparece distante o poente sol
Murchando seu diferentes olhos
Eu continuo ouvindo seu coração

Paraíso

Aquela velha luz quebrada
Eram meus dois castanhos olhos
Quando eu ainda podia te ver
Fechando a porta pelo lado de fora

Por hora um olhar que jamais esquecerei
Que persiste no intimo do meu ser
Esta corroendo me noite e dia
Cegando ao poucos minha alma

Você nunca me disse um adeus
Porque, porque, porque?
Perdi neste jogo do amor?
Perco tudo quando lhe perco

Olhe para mim, não sou forte assim
Olhe, estou tropeçando estou caindo
Estou morrendo pelo lado de dentro
Sangro tristes sentimentos

Deixando apenas um espaço vazio
Que não mais consigo suportar
Estou aqui e todos os dias choro
Sem conseguir meu coração acalmar

Há razoes que me fazem chorar
Até o confim da minha eternidade
Luz. ó luz não consigo te encontrar
Em meio a esta forte tempestade

Preciso do teu único abrigo
Da chuva de lagrimas que cai
Enquanto o livro dos sonhos se fecha
Neste malvado jogo do amor

A única maneira agora é só chorar
Com uma única gota de lagrima
Vou engolir seu amargo olhar
E o tempo que não cura essa dor

Não quero que o mundo assim me veja
Ando perdido sem saber o meu destino
E só agora que eu percebo tudo isso
Será que serei por ti ainda encontrado

Tento encontrar alinha do teu tempo
O meu futuro eu ainda não sei ler
Mas conceda me um lindo amanhecer
Uma nova chance, um novo viver

Dei me tuas asas para até o teu céu voar
Onde o sol a cada pagina virada vira brilhar
E as estrelas dentro de nos iluminar
Dai me o teu paraíso e nele eu possa repousar

Tempestade Astral

Em minha alma troveja devassidão
Meus olhos ecásticos tristes estão
Brilham freqüente e vacante reflexo
Espremendo o florão da minha visão

Deles cai gotas negras de lagrimas
Descem vacilando errante terror
Marcando-me com seus tormentos
E a assídua canção de solidão

Revolto-me com a balburdia
Com a dor da solente covardia
E a plácida Arcádia de silencio
Que menosprezam sua recordação

Com utopia veste-me de desilusão
Assombra-me unicamente com a tragédia
Com a prévia derrota me tripudia
Desprestigiando o otimismo da minha alma

Vago unicamente num mundo ofego
Com cicatrizes e vazia sensação
Com os olhos em chama de fogo
Queimando esforços de lassidão

Pessoas preconceituosas nada mais são que um câncer no meio da uma sociedade

SOLIDÃO


Solidão é um sentimento apedeutico ?
Se for quero exonerar este sol poente
Que mostra o meu refugio do avesso
E muito cega a fronte de minha vida.

Torna se poderoso alem da medida
Causando descompasso e amarguras
Ecoa em minha cabeça o som da ancora
Arrastando na parede do posso abandonado

Faz me sentir parado nos pesadelos
Na língua dos tormentos e rangentes dentes
Traídos gratuitamente pelos fortuitos ramos
Cancros crescentes que lembra me rançosas bestas

Vivido entre as antigas e mórbidas sombras
Nas rançosas e escuras paredes dos murros
Nos arbustos que se calam no repouso do vento
Do irreal mundo entre secos galhos em luto

Cega meus vítreos olhos de menino
Com ocultos moinhos que fluem e cintilam
Malicias com suas garras surdinas de harpia
Sacudindo ao gritos franzido minhas trilhas

FALTA DO VIVER


Eu sinto falta do viver preciso de amor;
só queria ser amado forte o suficiente;
Para poder debuxar todo meu desejo;
Na selvageria dos sentimentos contidos..

Por um momento não há palavra para explicar;
O quão sinto me aniquilado, reprimido e abatido;
Meus sentidos libertinos no caminho ficam perdidos;
Como um mendigo carcomido com seus resmungos.

As palavras não podem expressar como vivo,
Apenas posso mostrar como minha alma sangra,
Caminho sem conquistas, entorpecido no silencio,
Na glorias corroída e perdida no palco da vida.

Meus sentimentos emotivos tornam se fúnebres;
Sinto o sopro do ventos que nunca se quer gritou;
Vibra em minha alma como um som atroado;
Dos afogados em um vasto caminho de solidão.

Vivo no desfeito e não me lembro porque;
Não tenho pressa de consumir a fria morte;
Mesmo vivendo sem o sabor das vitorias;
Somente o fracasso em meio das derrotas.

Giro minha vida em um tempo que não perdoa;
Sem saber deter ou vencer a dolorida saudade;
Não sabendo frear as gotas de lagrimas que caem.
E nem vencer a dor da doutrina do meu silencio;

Onde todo o drama de minha vida é monótono;
O fardo é pesado e me desagrada no cotidiano;
Que atenua os saberes do meu bem viver;
E faz me faltar nos caminhos das letras

Neste endurecido pélago semeio e distribuo;
Fagulhas dos tépidos tons do meu desalento;
Derramo no leito meu, o tórrido e negro breu;
Encardido veste me como sua nuvens parda.

Encontrar A Vida

Pó que você não mais acredita em si mesmo?
Se teus medos pudessem ser esquecidos
Abanar para fora as chamas tenebrosas
Que queimam a linda linguagem do amor

Pudera você se encontrar na vida
E o significado de cada sentido do amor
Ou qualquer que já lhe tenha tornado forte
Após a deste tempo todo como andalirio

Há dois beijos distantes querendo se encontrar
Pelo sangue fresco que corre na veia da paixão
Para poder seguir sem limite seus passos
Na única esperança de encontrar nosso destino

Movem-se há tantas milhas numa terra distante
Mais próximo da velocidade do pôr-do-sol
Cavalgando no selvagem vento como um pássaro
Na direção do arco-íris que olhos não vêem

Procurando por um momento que dure uma eternidade
Para a sós dois lábios de infinita saudades se tocar
Incendiar nosso fogosos corpos neste inverno
Ao som silencioso na pagina do nosso livro da vidas

Sangrando a nossa alma com o ardor do amor
Quando a noite se fizer admiradora da solidão
E não há um vinculo entre nos dois amantes
Mas trazendo somente lagrimas nos olhos

Vagarei


Vagarei dilacerado aos confins
Antes que esmaece o azul do céu;
Num negro véu que cai pelo chão
Destruindo meu real cenário

De pecados que a minha frente
Caminha num rumo contrário
Com as frias cores de inverno
Ao vermelho por do sol ardente

Vagarei só e no deficitário silencio
Sem ter o meu coração aberto
Pegando as lagrimas que caem
Com multifárias no meu deserto

Que nunca termina nunca cicatriza
Limitando minha vida com a real dor
No horror dos sinais e as tragédias
Em cada léguas que eu percorria

O tempo não querer-me ajudar
Parece não querer esses anos apagar
Segura em suas mão meus medos
Que aviva através dos meus olhos

Vagarei duvidoso e com seqüelas
No itinerário do meu sofrimento
A procura da cura do padecimento
Enquanto fecham-me as janelas

Vagarei e não me importo se ira doer
Mesmo que os dias se alonguem
Sobre as luzes pálidas das frias noites
Perdendo-se neste panorama

Menino Do Calçadão

Sou apenas um menino do calçadão
Esfarrapado e cheio de burburios
tentando sobreviver na solidão
Sem o sabor do mel, só delírios

Escondo-me da geral glorificação
Enquanto meu espírito dorme
Fujo das lanças e dos espinhos
Que rascam o viver dos sorrisos

Tento livrar-me das profundas feridas
Sangram nelas a dores que nunca curou
Que acorda por dentro e nas veias vai fluir
Nas tardes da saudade que não cicatrizou

Sei que em outros olhos nada sou
Mas não sou uma gota da escorria
Derramada sobre esta suja calçada
Sou apenas tudo isso que agora sou

Uma estrela perdida sem um céu
Procurando compartilhar a aflição
Que ânsia e deleita minha moral
Deixando-me sem uma definição

Derrotado, lagrimas derramei
Sobre meu corpo as atraquei
Minha alma com elas banhei
Com passar do ano a secarei

Eu nunca fui e nunca serei
Fingindo ser o que não sei
Minha mascara fora joguei
Para bem longe eu a atirei

No meu amor, fracassei
Na vergonha me esconderei
Meus sonhos que alimentei
Com minhas mãos apaguei

Desconhecido rosto eu criei
Um novo destino formularei
Minha perdida alma encontrarei
Para uma nova vida acordarei

Solidão


Olá! Minha insípida solidão
Ainda permaneces dentro do meu silencio?
Toma-me nos braços por sentir-me recolhido;
Enquanto seco minhas lagrimas turbulentas.

Veja, como elas caem pelas margens do esteiro;
Tecem longas ruínas na minha memória ;
Nebulosos e confusos invernos fora de época;
Impedindo que a primavera não chegue a mim.

Deito-me em meu leito e pergunto-me;
Estou eu ainda aqui, encontro-me dentro de mim?
Enquanto eu olho sobre o chão do meu destino;
E vejo as sombras rastejando sobre meus pés.

Será que estou sucumbindo a pena capital?
Devo envolver-me a uma mortalha de linho?
Preparar-me para o descanso de minha alma
No vale das secas folhas e da eterna morte?

Pois a fria noite chegou em meu caminho;
Com ventos soprando no estuário do sado;
E a dor domina minha alma flagelada;
Sob os tormentos da falta brilhante da aurora.

No sabor de teus lábios Farturento
Longe das vazias e devassas vozes
Que muitas voltas da nas tardes frias
Em meus lábios enlevo de carência

Encanto os meus sentimentos
Das sagradas raízes do seu amor
Que confortam-me nas auroras
Quando corto o mar da solidão

Brotam delas poesias e alegrias
Funde-se com o aroma da saudade
O infinito perfume que dentro da noite
Procurava encontrar na sua pátria

Reside Como uma jovem plântula
Um solitário e raro lírio-de-zéfiro
Em meu jardim de sentimentos

Coletivo uma rara deusa
Nas asas do meu longo silencio
Onde tudo é frágil e emudecido
No nascente vento sem palavra

Paixão

Fica claro neste solitário coração;
Quando falo do meu infinito amor;
No fervor dos meus sentimentos;
E no pulsar da alvorada chama.

Que nasce em tua boca serena;
Escorre na calada fome do amor;
Quando tocas meu rosto ardente;
Em plena melancolia e solidão.

Sobe nos meus lábios, alimenta;
Com o pacifico veneno da paixão;
Meu coração ausente de mim;
Sem destino semeado aos ventos.

Há alguém esperando por mim
começa lá onde não se espera
Em algum lugar tenta me alcançar
Através de cada esquina que viro

A cada passada vejo um rosto
Vazio sem retrato sem palavra
Fazendo lembrar-me de alguém
Que conheço não sei de onde

Posso senti-lo se aproximando
Pelos guias das minhas pernas
Na estrada que me leva para casa
Onde o segredo determina a jornada


Mas tenho-o na presente memória
Vejo-o se não um sobejo engano
Enroscado sem presa na minha alma
Nessa natureza escura de confusão

Quão o mal meu mundo pode criar
Pelos meus olhos cheio de cólera
Por imaginar partes indesejadas
Neste labirinto esquecido pelo Sião

Morre o sol sobre minha nudez
E o céu sangra babas de dor
Na gangrena do templo poente
No negro caixão podre de ilusão

Que fundara na cova do oceano
Dando a mão ao véu macerado
Pelo desgosto traços franzinos
Do silencioso verso do infinito

NO SILENCIO


Viver é plantar amor em teu coração
Lançar diversas formas de sementes
Para cada dia uma rosa possa abrir
Florir e sorrir na colheita que a de vir

Tenho sido um jardineiro preocupado
Florindo no tempo do teu caminho
Permitindo que vague boa fragrância
Sobre os ventos do outono

Nele quero ser um pequeno beija-flor
Para sugar o néctar como fonte de vida
Saboreando boas lembranças da vida
Dos deuses polinizadores do amor

Também como jardineiro eu semeio palavra
Tenho pensado o momento do seu cultivo
Seus poderes e efeitos. Capaz de viver
Como sementes em seu singelo coração

Espero que tenha achado pelas vielas da vida
Um jardim que pudera ser visto de longe
Um porto seguro para ancorar meu amor
Que sobrevive pregado no meio do silencio

Sussurros


Sussurro no ouvido da minha alma
É um tanto engraçado este sentimento
Você vivendo no meu pequeno mundo
E a saudade dando voltas é o preço que pago

Não me importo para canção é minha paixão
A vida maravilhosa passa pelo meu caminho
Pousa e repousa em meu catre mundo
Esperando pelo dia em que você chegara

Se você pudesse ver meus olhos
Quando lhe digo e escrevo que te amo
Esperando pelo dia que logo chegara
Refletindo as veredas da nossa via celeste

Amor olhe-me, como se fosse para sempre;
Enquanto eu estiver distante dos teus olhos
Não demorarei mais do que um abrir de asas
Para um voo além das distantes terras sonhadas