... E se meus olhos fossem azuis como o... Joyce Xavier

... E se meus olhos fossem azuis como o céu e meu corpo definido como violão, você deixaria eu fazer parte do seu coração? Deixaria eu ser a mulher dos seus sonhos, voando entre seus desejos e pousando em suas emoções? Liberaria um pedaço de sua história, onde eu pudesse registrar todos os nossos traços? Concordaria em me deixar acordar todos os dias ao seu lado? Dividiria as páginas do livro da cabeceira e contaria suas histórias baixinho em meu ouvido? Pois bem, não sou da forma que deseja, mas carrego em mim muito mais do que planeja.

Eu só esperava que tudo fosse diferente, que nada fosse tão bacana e destruidor. Eu só queria dizer tudo aquilo que não procurarei mais saber. Eu só queria que não fosse mais um personagem de passagem na minha história. Eu só queria, mas foi inevitável escrever o último capítulo. Foi necessário chegar o fim.

Não gosto desse meu lado desagradável que se defende com medo da dor. Não gosto de ser ríspida mostrando o lado inventado causado pelo sofrimento. Não gosto dessa mania de querer e não transparecer. Não gosto de fingir que não me importo. Não gosto desse meu jeito amargo. E não gosto de mim por não deixar o próximo adoçá-lo.

Aos que não gostam de mim e querem de alguma forma tirar minha paz, eu desejo felicidade. Que sejam felizes! Felicidade quando mora na vida do ser humano, a maldade não atinge as pessoas que eles não se simpatizam. Se preocupam em viver e não infernizar a vida de quem nasceu pra vencer.

Mais pessoas construtivas. Menos pessoas negativas.
Que assim seja, amém!