Uma reflexão a luz da epistola aos... Urias de Betheseba

Uma reflexão a luz da epistola aos Efésios 5:22-33.

Em um primeiro momento parece grosseria se desconsideramos que a instituição família está fundamentada em princípios intrínsecos da natureza divina como o amor, esperança e a fé, uma leitura dessa instituição fora da óptica metafisica portanto anistórica seria no mínimo controverso.

Em tese nas diferentes culturas ao longo do processo de emancipação feminina(não feminista)subtraiu-se da mulher o direito a "escolha, opção" cabendo-lhe a "sujeição " como pena de não ser discriminada como anátema. Nas organizações tradicionais patriarcais ou não, a mulher é escolhida para servir de esposa para alguém com proeminência monetária, politica ou religiosa. todavia quando não é escolhida é oferecida com dotes a receber/a pagar pelo pai, irmão(herdeiro direto do pai), tio, tutor, senhor, líder religioso, etc...Tal sujeição é constituída de normas que se resistida denunciam a insubordinação. No caso do marido fica-lhe a incumbência de amar incondicionalmente sua esposa. O problema está na natureza das condições impostas a ambos, no caso feminino a "sujeição" é racional, concreta e conveniente antagonicamente ao caso masculino que invoca algo imanente a divindade que é o "amor" não deixando pista alguma sobre sua natureza. Se por sorte a traição seja comprovada a ruptura do contrato acontece e ambos estão livres, a Mulher para nova consultoria e especulação por parte do preponente , o Homem para novas aventuras conjugais. assim se estabelece uma corrida em busca da liberdade(divorcio), diferente da esposa que em fragrante de insubmissão passa a ser hostilizada por todos ao seu redor, a esposa deverá empreender um caminho filosófico na tentativa de descortinar a natureza do ser do amor para proclamar sua honra defraudada pelo marido. Do contrario como poderá provar que o marido não a ama? não existe manual ou gramatica que explicite o que seja amor a par dos poetas que embarcam em viagens especulativa encontrando um manancial de inspiração para suas obras surge a infalível bíblia que não pode haver hermenêutica longe do paradoxo da fé não servindo como registro histórico para esta tese, Contudo se houvesse tal documento seria ultrajante afirmar que "DEUS É AMOR" posto que tal documento confeccionado pela imaginação do desvario humano nivelaria a divindade que inumana e autônoma não se permite ainda o menor atrito fora de sua incompreendida esfera ainda mais ser relacionada a grandezas de natureza genuinamente humanas.

Misero Homem que pensa levar vantagem sobre a Mulher na distribuição de obrigações maritais justificando sua deslealdade conjugal quando se finda o frenesi amoroso devido a sua cônjuge e sai em busca de afeto fora do portões do sagrado matrimonio, a esposa duplamente injustiçada nunca poderá provar que está sendo traída pelo fato da referida obrigação marital que é o amor de abstrata natureza ser culturalmente confundida com suborno em forma de provisões que é auferido pelo ego machista.

A raiz do problema tem sua causa na soma de incompreensões que sustentam as relações conjugais sendo conhecidos como os pilares dicotômicos que distribuídos como papeis masculinos/femininos que desde os mais antigos aos modernos são: sujeição/amar, genitora/provedor, atribuição materna ou escravo a educação as crianças(pedagogia)/atribuição paterna a educação aos jovens(Paideia grega), a culinária/o voto masculino....a novela/o futebol...etc...

Isto posto!! submeto-me a trivial lei do "RESPEITO" que admito ser inócua e perfeita a todos quantos visam um salutar relacionamento passional-familiar desde que se empregue o respeito como determinante desde o crepúsculo à aurora do dia, conjugando no cotidiano o verbo "respeitar "na 1ªpassoa do presente singular do modo indicativo(eu respeito) seguido da 3ª pessoa do futuro do plural do modo conjuntivo-subjetivo(quando eles/elas respeitarem)esperançoso de alcançar enfim a 1ªpessoa do presente plural do modo imperativo(nos respeitemos nos) e assim desmitologizar e descodificar "O amar ao próximo como a ti mesmo" atingir por fim o amor pela seta do respeito. ^OO^