Vivendo a morte Todos os dias ao dormir,... Elaine Cristina

Vivendo a morte

Todos os dias ao dormir, desperto
E ao acordar...todos permanecem dormindo
Olho ao redor e vejo como é triste
Empobrecerem suas ricas vidas

Tantos Integrantes neste imenso Universo
E cada um vive em "mundo" diferente
protegem-se do que não precisam
e ignoram o que há de mais valioso...a alma

Diversos talentos ao mar jogados,
Como se fossem lixos...são descartados
Hipócritas e ignorantes ao altar levantados
Como se sábios...são adorados

Em meio à esta realidade, louca me sinto
Ao ver tantos cegos, me enxergo doente
E a cada dia, mais mortos encontro vivendo
E a cada noite, mais vivos encontro morrendo

Nesse transe, desejo não ver
E dessa forma passar meus dias felizes
Sem ter conhecimentos e diretrizes
Pois assim vivemos,
E da vida nos escondemos
Sem problemas, sem medo, sem ardor
Sem conflitos, sem visão e sem amor

Talvez esta, seja a saída
Para vivenciar todo conteúdo que se desfez
Relatando todo o desprazer do não emergir
Vivenciando toda culpa do não tentar
E saboreando a derrota do vegetar


Por Elaine Cristina