NUNCA ESTARÁ SOZINHA Vejo que do seu... Douglas Faria

NUNCA ESTARÁ SOZINHA

Vejo que do seu rosto escorrem lágrimas
Sua alma está gritando por um conforto
Se isola no seu canto sozinha e infeliz
Só que ainda mascara sua aflição

Não bastaram tantas decepções que passou
Vive como uma prisioneira nesse seu mundo
Criaste ele e não queres pelo menos mudá-lo
Olhe em volta, é realmente o que sonhaste?

Duvida das palavras que um dia ouvistes
Não crer em ninguém que lhe estende a mão
O momento parece lhe trazer uma satisfação
Ainda maior do que o eterno possa lhe dar

Aquele abismo que se via longinquamente
Se apresenta agora diante de seus pés
Mesmo que olhe para trás não pode voltar
Nem pense em se ajoelhar, certamente cairá

Deve pensar como poderá prosseguir
Daí lembrarás daquele que iria contigo
Iria até ao mais profundo abismo
Para segurar sua mão e trazê-la de volta

Abrirá os olhos para a realidade oculta
Perceberás que não haverá ninguém ao seu lado
Nem mesmo alguém para se despedir
Solidão corroerá seu coração e então cairás...

Até que segurarei sua mão, olharei em seus olhos
E lhe direi: "Filha, sempre estive aqui, nunca irei te soltar!"