Silenciando o pranto por não poder... Mary Princess

Silenciando o pranto por não poder escapar do amor.
As verdades em tom de brincadeira foram sequestrando meu coração até me tornar refém dessa ilusão.
Pensamentos românticos sufocados pela onipresente realidade das ideias mortas pelo subconsciente, totalmente ciente da impossibilidade que torna eu + você uma união completamente fora das regras, além de qualquer expectativa.
Todas aquelas frases de amor tão simples e carregadas de sentimento estão escritas para o mundo todo ver. E elas não são para mim. Nunca serão.
Nenhuma atualização. Não mais subiu a janela da esperança.
Condenada a aguardar esporádicas e cada vez mais raras conversas superficiais. Um consolo nos dias de cão.
Estou pensando em você, encontrando mil jeitos de te ter, estar aí do lado de dentro do coração, lugar pra tão poucos e eu prefiro me enganar, pensar que seu ceticismo é o motivo pelo qual não demonstra o que quer que seja.
Mentiras leves e um inexistente desejo... O mesmo que me envergonha nessa madrugada outonal, quando nem mesmo a mais poderosa armadura freia as amargas lágrimas da decepção... E então chega o momento de pensar um pouco mais em MIM, encontrar forças em meio a destruição total do que um dia chamei de sonho...
Na insanidade dos versos livres me afasto e não prevejo retorno, não insisto nem justifico. Apenas sigo uma reta rumo ao futuro, ao mundo que recrio e, lamento dizer, mas você não faz mais parte dele.