Ama se o outro pelo afago na nuca, pelas... Joyce amanajás

Ama se o outro pelo afago na nuca, pelas brigas que vez ou outra não cessa,a discussão boba sem pé nem cabeça, mais sempre depois a recompensa, o pedido de desculpas, com os olhos abobalhados. Depois passa, vira abraço apertado, beijo na testa, massagens agradáveis, conversas intermináveis. E fica se preso por vontade, pela sensação de recompensa, de carinho,de afeto, ali juntos debaixo do mesmo teto.
Não precisa gostar do mesmo filme, ter os mesmos gostos, a gente ama o outro pelo o que é, pelo o que ele nos faz sentir,pouco importa a bagunça na casa, o dia em que ele acorda de mal humor,não tem a menor vocação para príncipe encantado. Como diz Arnaldo Jabor: "Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera."
Pouco importa as contradições,desavenças,mas ainda sim seriam necessários todas as imperfeições.
Ama se sem mesmo ambos se entenderem,o riso simples ,pelo choro,pelo descontrole do outro.
Ama se pela falta que o outro faz,pela ligação inesperada,pela proteção, pelo bem que provoca.
Com o tempo se descobre um do outro a forma de amar e não é uma regra, não há dicas em livro.
O Amor não é perfeito,ele só precisa nos mostrar que precisamos um do outro para nos sentirmos inteiros.