Em uma gota no papel, derramou-se o... Jéssica Pascoal Ferreira

Em uma gota no papel, derramou-se o último pingo de desejo que um dia parecia interminável. Só que ela não imaginava que o mundo corria demais e quem ficasse em deriva poderia em algum momento afundar em um mar de ilusões, então ela correu e ela não tinha muito tempo, em seu desespero profundo conseguiu dar a sua volta e foi-se retornando ao se ponto predileto. Ligeiramente foi arremessada contra a parede por aquele em que seu coração batia loucamente, enquanto ela era imprensada pelo seu corpo, parou-se no tempo perdida, pensara ela como era difícil e irresistível correr do que era feito só para ela. Seu olhar e seus lábios estavam ofegantes, as suas sombras mostravam ao chão toda a sensualidade e prazer que ali ocorria. Então a doce menina bebia o veneno com muita sede, sem se preocupar com o dia seguinte, ela estava entre a vida e a morte, mas interlaçou-se o seu corpo assim como uma fita levada no vendaval, lançando os galhos das plantas secas, liberando as suas adrenalinas em puros arrepios. Esqueceu-se do amanhã, que provavelmente seria frio, em que apenas as lembranças se fariam presentes.