Escrevo a ti, óh! noit Somos nós,... João Francisco da Costa

Escrevo a ti, óh! noit

Somos nós, humanos e humanas, reféns de nossas escolhas, reféns de nossas ações, muitas vezes, desumanas e outras, humanizadoras.
A noite é um momento
de reflexão, poucos e poucas são escolhidos por ela e ainda, raros e raras são dela, suas crias e criaturas.
A noite representa a liberdade da vontade, do sono e do sonhos, da ilusão; nela, todos os gatos são pardos, verde-limão, amarelos e quem sabe, em seu final, até mesmo cor-de-rosa.

A noite não é simplesmente um horário do dia, ela tem símbologia: represneta a muitos medo, àqules que são filhos do dia, saudemo-os..... A noite é a figura da compreensão, da beberagem, amistosa ou da bebedeira inconveniente.
Nela, na noite, as pessoas desenvolvem ares de mistéiro, de desejos, de condições de realizar coisas, que os filhos e as filhas do dia não compreenderiam.

A Grande Mãe Noturna, com seu aroma inconfudível nos abraça, nos protege, nos dá vivacidade, embora, existam aqueles que, mesmo sendo seu filho, nela se envaidecem, se perde, se desconcentram.

Estar na noite, vê-la, poder sentí-la está para além do escurecer, do anoitecer, da ocorrência do Ocaso.

A Lua, sábia irmã, companheira, nos auxilia a atravessá-la, nos dá condições de iluminação, de vermos o que se torna necessário enxergar.

Eu acredito, que a noite é completude de espírito, de alma, de paixão.

Sou sim, filho da noite e nela me deleito, todavia, reflito aqui, se na verdade, escrevendo sobre a noite e seus adjetivos, não estaria escrevendo sobre a própria vida, sobre minha própria vida.......

Como é linda a noite de minha existência.....