Julgam os mais desinformados que o fim... Ana Jéssica

Julgam os mais desinformados que o fim do amor é o fim da vida, mas sinto-lhes dizer que se enganam. Não é necessariamente dessa forma. Um fim para o amor pode significar a redenção para uma vida; como se amar estivesse sendo algo tóxico que a estivesse impedindo de viver verdadeiramente e permitir-se ser ela mesma em todos os aspectos. Nesse caso, um pseudo-amor. E é incrível como inúmeras pessoas se contentam com ele, com migalhas jogadas desinteressadamente dia após dia. Ingerem-nas, mas logo estão com fome de novo. Nunca estão alimentadas, preenchidas.
E não há mais alimento disponível. Não há carinho, abraços, mãos dadas, beijos nem mordidas na orelha; nada que sustente uma situação que não existe. Apenas acomodação, falta de coragem de virar a página e começar a escrever uma nova história (dessa vez, como mais momentos felizes). Comigo não é assim, nunca tive preguiça de escrever algo novo, nem nunca estive disposta a me lamentar por páginas velhas e rasgadas outrora escritas. Pra quê?
Claro que não deixa de ser uma decisão dolorosa de ser tomada, e suas conseqüências são a longo prazo, mas eu creio na adaptação do ser humano. Ser adaptável é uma das mais belas formas de sobrevivência da nossa espécie. Mas não devemos nos adaptar com o que nos faz infeliz para sempre, apenas com o momentâneo; aquele que depois que o tempo passa, traz os sorrisos de volta.
O segredo de tudo está em saber sobreviver a cada momento, sem voltar atrás. Faz-se necessário aceitar que as coisas mudam, a vida vira do avesso e novos caminhos são abertos, enquanto portas se fecham. Você só precisa abraçar o lado bom disso tudo. E seguir em frente.