E quantas vezes já se ouviu por aí,... Abílio Rosa Jr.

E quantas vezes já se ouviu por aí, que na balada ninguém quer nada com nada, que só tem o que não presta, que é uma vida vazia, e assim por diante? Não é bem assim... Na balada, assim como na vida, há de "tudo", pessoas, vontades, situações, inúmeras experiências, prontas para serem vivenciadas. Algo curioso, que muitas vezes acaba ocorrendo, é umaa ingênua distorção da principal proposta da balada, que seria o lazer, para uma "missão de guerra". Há todo um "folclore social" construído, no qual severas expectativas são geradas, os meninos se cobram a "pegarem alguém", e as meninas a "serem desejadas", e se isso não ocorrer, para muitos a noite será um verdadeiro fiasco. Isso quebra com o maior encanto que a noite reserva; o mistério! A magia da noite, mora na despretensão, na espontaneidade, no sair para se divertir, dar boas risadas, curtir, beber com os amigos, pagar micos, é não saber o que vai encontrar, as situações que vai se deparar, as pessoas que vai conhecer, as amizades que vai fazer, os desejos que vão acometer, os lances que vai viver, e os amores que podem acontecer. Eu particularmente, passei por diversas situações na balada, positivas, negativas, vivenciei momentos únicos de felicidade, dei muitas gargalhadas, dancei além da conta, bebi só um "pouquinho", conheci pessoas fantásticas, fiz grandes amizades, também vivi, claro, alguns romances, outros "apenas uma noite", fiz alguns vínculos, e principalmente, esbarrei num grande amor. O que importa de verdade, é como você se percebe, e percebe as coisas ao seu redor, o quanto você está de braços abertos para o que a vida reserva, o quão disposto a se permitir, experimentar-se no mundo você está, e isso independe do lugar que você está pisando, é questão de ser, e atrever...