Formiga
E por amar loucamente,
amei sua loucura
E por amar a mais louca,
amei a todas
E por entender a maior das loucuras
Entendi a todas
O “big bang” transformou energia em matéria.
O tempo nada mais é que uma propriedade da matéria,
Assim como o é a massa.
Sem matéria não há tempo,
Sem tempo não há matéria.
Não podemos falar em “antes” do “big bang”.
Não podemos falar “de onde” veio toda a matéria,
Porque não havia antes, não havia tempo, não havia nosso universo.
Imagine um quarto escuro e nesse ambiente acenda um fósforo.
Criou-se o fogo e dele adveio a luz.
Não havia “outro” fogo antes, assim como não havia a luz.
Assim foi nosso universo,
Criou-se a matéria e dela adveio o tempo.
Não havia outro universo antes, assim como não havia o tempo.
Mas não se preocupem,
Para esse ‘lugar’ – sem tempo nem espaço – voltaremos em breve,
Mas esse “breve” é o breve daqui, já que “lá” não há tempo.
Parecer é fácil, parecemos o tempo inteiro.
Sábios ou ignorantes, feios ou bonitos, atentos ou distraídos.
Parecemos o que parecemos, de propósito ou até sem querer.
Eu quero ser, o que é difícil. Ser o que? Sábio, atento, bonito?
Não, quero ser eu, e isso não é pouco.
Sou o que? Não sei, e esse é o problema.
Se meus inimigos me fizessem tão mal
Quanto alguns dos meus amigos me fazem
Certamente eu já teria sucumbido
Às vezes se faz necessário você se afastar das pessoas que você mais amava para que um dia as mágoas deixadas possam ser apagadas. Que Deus possa colocar tudo nos seus devidos lugares ao tempo que envelhecemos e morremos! O TEMPO!
Sim, quero tudo, até a sua alma.
Quero o cheiro, o gosto, mas também o seu olhar.
Amigos, amantes, chame como quiser
Quando está comigo te quero inteira
Sem medo, sem mágoa, sem hesitar.
Não for assim, que não seja,
Voe bem alto, que continuarei a te olhar
Perto ou longe, tua graça e tua beleza
Encantam quem vê,
Apaixonam quem toca,
Viciam quem experimentar.
Não, não se preocupe,
não te quero só pra mim.
Sei que a mim pertence.
Tua graça é maior que meu pequeno e previsível mundo
Não tenha medo, não te prenderei.
Mas já me tem cativo
Você sabe, basta me chamar
Na minha outra vida
Eu te conheci,
E te amei,
E te perdi.
Nessa minha vida
Eu te procuro,
E te sinto,
Mas não te acho.
Essa é minha sensação
Meu sentimento
Minha sina.
A perda de quem jamais possuiu,
Um vazio desabitado,
A necessidade de te buscar
Sem te conhecer
Por mais que eu preste atenção nos meus dias felizes
E sempre o faço com todas as minhas forças,
Sempre que eu volto à minha rotina
Eu vejo que eles foram muito melhores do que eu consegui viver e absorver.
Acho que a Saudade é como uma calda doce que recobre os momentos de alegria vividos
Revirou meu passado
Fez do certo o errado
Me chamou pra dançar
Hoje as minhas certezas
Já não são mais as mesmas
Mas não quero parar
O coração que muito ama
É o mesmo que também clama,
Que reclama o seu bem querer
Um colo, um beijo um carinho,
Um abraço, uma cama, um ninho
Um momento pra amar e viver
O olhar que tanto revela
O silêncio que muito encerra
O momento só pra deixar...e ser
Caminho sozinho
E trago comigo
Minhas manias,
Meus defeitos.
Como uma bagagem
Só pro uso pessoal.
Nâo quero dividi-los,
Seu peso só cabe a mim.
Siga ao meu lado
Quem deles não se incomodar.
Um dia, qualquer dia,
De alguns deles eu devo me livrar
Não todos, nem por algum motivo relevante.
Talvez só acorde e os ache pesados demais.
Mas o farei por mim
E se quiser,
E puder
Espero que ainda assim siga ao meu lado
Junto com as velhas manias
E outras mais que eu venha a encontrar
Eu sei que você me ouve
Mesmo quando falo ao vento.
Então., como uma brisa,
Sussurre em meu ouvido
Que me ouve, me entende,
Me sente.
Marcas da vida.
Tenho rugas, mas algumas eu não quero perder.
Uma, entre as sobrancelhas, bem marcada, trago da faculdade, quando perdi meu grande amigo Marco Antonio.
Ao lado dos olhos tenho outras bem pronunciadas, de tanto sorrir ao ver minha filha nascer.
Na minha testa tenho profundas, quando vi meu pai partir.
Como poderia querer me afastar delas?
Seria como perder a mim mesmo.
Chega um ponto
Que a vida se conta
Por quantas vezes você
Caiu e se reergueu
Não mais pelos anos que se passaram
