Fonte da Juventude
SÓ NÃO ENTENDO O PORQUE DE PRECONCEITO COM A COR E DEFICIENTES SE DEUS NOS FEZ COM A SUA SEMELHANÇA NAO DEVEMOS TER PRECONCEITO
'MAR... '
Nos extensos mares somos barcos naufrágios. As muitas correnteza [des]favoráveis sempre deixam ranhuras. As salinizadas águas com o tempo deixam cicatrizes. A dilaceração é perceptível com o tempo e o tempo é um desastre.
Vedar as fendas que surgem apenas prolonga o que de fato já se escreveu. Deixar o barco correr ou manter-se agitado? Há os que preferem a resistência, a mágoa de tentar subir as correntezas rumo às suas expectativas. Outros apenas flutuam. São levados pelo mar com aparente satisfação e ócio.
Mas sabe-se: todos querem um porto a qualquer valia. Chegar àquela luz que tanto brilha. Manter seguro a estrela que tanto se admira. Uma. Várias. O que vale é a energia. Flutuar sob as águas imensas. Belas. Delirantes. Mas com seus desafetos e sujeiras.
Com o tempo aprende-se a aceitar o extenso mar à nossa frente. Não importa como ele seja. Um dia nos levará para onde não queiramos. A tração que se tem é apenas temporada. Ajuda, mas não é duradouro.
A visão desse mar é fantástico. Inacreditável. Surpreendente. Nele todos movem-se sempre rumo ao desconhecido. E o tempo há de naufragar aquilo que tanto procuramos. Tempo? Não! O mar... essa coisa sombria e nefasta.
'SEIXO'
Quantos se foram e tu ficaste aí intacto. Salvo algumas manchas que ficara com o tempo. Dilacerar-lo-ia se as correntezas tivessem te tomado. Mas encontra-te aí: obsceno. As tantas chuvas que te aclamaram e os milhares de sois que te transgrediram... Que fizeste com eles? No teu dilema és tão sublime e passar despercebido é raridade tua. É imenso nas tuas junções que se colocam.
És vigoroso e reflexo da vitalidade que tanto se deseja. Mas sabe-se [ou fingi-se], temos vida curta. Engana-se que a nossa ruína vem com a morte. Ela está estampada com a vida. Logo ao primeiro choro. A tua falta de cobiça ou arrependimentos te coloca num patamar que jamais se chegará. O ser humano é tão vil nesse 'limitado tempo' que figurar olhar no pequeno é desperdício. Há certo esquecimento em te agraciar. Quando o fazemos, apenas mesmo em devaneio. Limitado nesse curtíssimo espaço [ora às vezes enorme]... sem significados.
Tempos atrás, José era infeliz porque não tinha um amor. Depois que conheceu Ana, seu único amor, José continuava infeliz.
'JOSÉ'
José era apenas josé
com escritos negligentes
Mais um incógnito na multidão
josé tinha sonhos, porém, para isso,
teriam que chamar-lhes José
Daqueles com letra destacada
Queria pintar o mundo
Deixá-lo mais estúpido,
mais colorido, mais avesso
Aquela carga impetuosa
deixava-lhes mais josé
Mais no fundo, José era apenas josé
Era assim que todos os enxergavam
O seu colorido era preto e branco
e seus dias insalubres
Óptica pouca diferença fazia
A mistura josé, fazia-lhe um José distinto
Mais José. Com coração. Brilho no olhar
Vencer o mundo para josé seria
apenas chamar-lhe José
Desses escritos com letra destacadas
'FELICIDADE'
Felicidade está no presente.
Há os que dizem:
Serei feliz...
Somos felizes e não sabemos.
A dita Felicidade está aqui.
Com certo olhar insensato.
Ao lado. Nos chamando.
Abraço aconchegante.
Sorriso sincero.
Olhar que nada pede.
'PENSAMENTO SOBRE A VIDA'
A vida é mesmo assim
Com seus melancólicos horrores
Da 'capa' diária das horas
Da soberba enraizada
Das coisas que se demoram
E dos 'eus' que não se apagam
'VENTO'
O vento que tanto nos faz bem deixa rastro
Análogo, coisas boas e ruins passam
Assim como a capacidade se esquiva
O dito amor que não sabemos deixa
Trancada sempre próximo
O que nunca se achou
A verdade e o vento são ventanias
Daquelas que não soubemos explicar
E o vento sempre vem
Já não é o mesmo
Tem outro sentido
Deixa tudo novo
Mais perdido
Sei lá
'INVEJA'
Da infantilização
Da abstinência de dívidas
Dos sem coração
Daqueles que implicitamente
Mandam na vida demente
Dos que choram sem razão
Do âmbito antissocial
Da imunidade absurdo
Do alcoólatra imoral
Dos que são salamurdo
Dos amortecidos
Do fanatismo aparente
Daqueles onipresentes
Dos que são sempre esquecidos
Tão indefeso mas com surpreendente valor, vieste para dá vida. Pairou sobre mim a bênção dos Deuses. Imortalizou o que estava extinto e trouxestes tamanha admiração. Que tua caminhada seja por entre os vales do bem e que o mal não te aflijas. Obrigado por termos o mesmo ano de nascimento.
'ITALLO'
Teu abraço incondicional me faz esquecer a hipocrisia que lança-me à frente todos os dias. Para mim, teu olhar tem uma dimensão imensurável. Você é a porção maior dos meus momentos felizes. Já não olho para o que chamamos "futuro". Já o construí. Sou completo mesmo sem saber. Todos objetivos e sonhos me foram realizados, pois a cada janela aberta, olhar sincero e carinho recebido me fazem crer que a existência tem realmente muito de significado e que você é minha imortalidade. Te amarei sempre.
Desenhar acepções pouco importara. Ninguém as percebe. Delinear aspirações fizeram dele apenas o que é. Mistura Invulgar. Contorcido nas suas viagens rumo ao desconhecido. Desconhecido. Anônimo. Porém, com seu espetáculos em cartaz. Sempre.
As mazelas da vida nos fazem mais românticos. Mais poéticos. Vem também com a súbita ideia de que levamos uma vida prosaica.
Mãe, me ilumina para eu ser melhor como
Gente, a ser paciente, a perdoar e dar paz e
Amor a toda gente que anda carente e doente!
Guria da Poesia Gaúcha
Pedra profana
Fiz-me a água doce
Fiz-me a brisa mais suave
Fiz-me a temperatura mais amena
Fiz-me a pessoa mais serena
e de nada adiantou.
Hoje sou pedra
Sou muro, onde habitam lamúrias
Das gentes que não aproveitaram da brandura
Que tanto ofertei.
Hoje sou pedra antiga, muda e cega
Onde muita gente se debruça
Cada um com a sua inútil razão.
Ouço o que gritam em silêncio
Vindo de corações ocos
Capazes de cair no buraco negro
Do universo em constante mutação.
Mas sou muralha consistente
E agora só guardo
No meu silêncio profundo
Os sentimentos imundos do mundo.
NÃO SABERIA
Se me pedisses pra conceituar qualquer coisa,
Talvez soubesse encontrar de saída o conceito,
Exceto o conceito de mãe,
Porque mãe não se conceitua,
Porque mãe não dá pra explicar,
Já que leão e passarinho,
Aspereza e doçura,
Sorriso e lágrima,
Limite e infinito,
São antônimos de se dizer,
Mas, estão muito juntos no coração de uma mãe.
Afinal, mãe consegue ser
Dinâmica,
Atrevida,
Sobrenatural,
Desmedida,
Equilibrada,
E, sem perder a calma,
A doçura,
Encontra sempre o rumo certo,
A luz do túnel,
A paz da guerra.
Só mãe consegue ser fé,
Esperança,
Semente,
Fruto,
Flor,
Amor,
Proteção,
Vida
E Deus ao mesmo tempo.
Só com mãe se conta
Quando se apronta,
Só mãe é igual à outra mãe
E tão diferente como gente,
Pra tudo no mundo de todo mundo,
Porque só mãe consegue ser e se
Manter ímpar como par,
Divisível e indivisível,
Experiente e imprevisível,
E sempre, insubstituível.
Enfim, só mãe consegue
Ser o conceito de tudo
De maior e melhor neste mundo,
Porque só mãe consegue ser um
Ser tão presente mesmo ausente,
Porque só mãe é flor onipresente,
Porque é fruto do amor do Criador,
Porque é semente de voz de avó
Em nós, pois mãe e somente mãe
Ama, aceita e compreende a gente
Sempre, como sempre e pra sempre!
Guria da Poesia Gaúcha
Lavando a Alma, página 13
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