Fonte da Juventude
'ESSA SEMANA'
Vi um rosto que não via há anos e bateu uma saudade no peito rasgando todo o tempo perdido.
Pitada de esperança em revê-lo,
abraçar-lhe e falar dos anos escorregadios na qual passamos juntos...
Presenciei uma idosa correndo atrás de dinheiro desesperadamente,
igual a uma criança, correndo atrás de pipas, sem conseguir ter paradeiro para suas refeições diárias.
Fiquei meio intrigado com isso...
Abracei um problema que não era meu.
Mas o fiz por entender que o próximo é a nossa mais fiel semelhança.
Temos muito de congênere,
comportamentos parecidos,
mas análises e ponto de vista diferentes...
Era para ser uma semana normal.
Mas atrasei-me ao buscar o filho na escola.
Não conversei habitualmente com algumas pessoas como de costume.
Fui 'duro' com algumas pessoas e não abracei meu cão...
A semana passa rápido após os quarenta.
Essa foi de nostalgia,
algumas pessoas 'partiram' de súbito,
Não tiveram oportunidade de pedir perdão,
ou despedir-se carinhosamente da mãe,
dos irmãos,
amigos...
A semana finda,
e com ela,
tantas desesperanças...
'CORAÇÃO III'
Coração
mar de indecisões
Descompreensões e outras cifras
Debilitado nas condições de amar
Relutante como as pedras nas cachoeiras
caindo lentamente
Avistando abismos
Preservando sequelas
enxurradas
Conflitante ao extremo
Sangrando feridas vãs
Mórbido nos limbos
Desencorajador de almas
Incógnita conclamando o futuro
vivendo migalhas a cada manhã
Eco sem respostas
Existo?
Não sei!
Talvez!
Indecisão causando confusão
Não sendo o que me pedem
Coração
nasceu mórbido
Conflitante consigo
Tenta ser diferente
escalar penhasco
Verdade seja dita!
É semelhante aos outros
Deixa ser abatido
Morrendo mas ainda pulsando
Às vezes sorrindo
chorando
Tudo imaginação!
Com suas brechas e espaços
Coração
vida e morte!
Pulsar estranho
Tarântula escorregadia nos olhos
Desprendendo veneno e revivendo leucócitos
Tem flechas
ceifando sonhos
A vida a cada pulsar diminui
Tintas em papiros
sem muita razão e sombreado
Coisas do coração!
Tudo soa tão banal
Que truculento esse meu amigão
Artista sem intenção
E a decisão é não mais tê-lo
Coração
é chegada a hora!
Não se precisa de órgão
Somos perecíveis
Para quê sequelas?
Costelas não abrasam a dor
Se quer um coração de verdade
Desses que se joga no rio
esperando ele fazer o percurso sozinho
Provisório
como respirar outras intenções
fotografando imagens diferentes
reais
Coração sem pretextos...
'PERCURSO...'
Ele sempre caminhava pelas ruas observando a crueldade.
Numa de suas andanças,
percebeu uma pobre criança,
a pedir comida a um senhor que o rejeitou.
Mas à frente,
um vetusto de idade,
já sem conhecer a cidade,
tentando atravessar a rua sem que ninguém o ajudasse.
Mas à frente,
observou um nasocômio,
Ali presenciou pessoas enfermas!
Outras truculentas.
Pessoas sofrendo nas filas ali formadas.
Olhares abatidos,
desesperadas...
Voando pelos lados,
viu pessoas jogadas ao chão.
Cheiro de fome e frio,
sem brio perdidas no vício.
Amotinação de carne humana,
sem ação.
Céleres andando de um lugar para o outro,
andar sem direção.
Caminhando em volta da pequena praça,
ninhos de celeiros à céu aberto...
Cidade metropolitana com seus metropolitanos fantasmas.
Passou na igreja e presenciou uma porção de tristezas espalhadas.
Refúgio de ludibriados,
pensando ser desanuviados.
E a nuvem de truculências e idolatrias estavam seguidas juntas.
A partir de então,
o homem resolveu ser triste por excelência.
Um mundo triste,
cheio de pessoas tristes.
Tristeza refletindo adolescentes contemporâneos.
As tantas guerras entre si,
sementes cultivadas pelo esboço humano...
O homem triste sempre chora ao perceber que os milagres não mais existem.
E que as enfermidades escurecem o amanhecer.
Toda sua tristeza percorre-lhe novamente à alma como um menino nascendo.
E lembra do pequeno parto que é a vida,
dos pequenos verbetes que lhe atingem a alma olhando fotografias antigas.
Pequenas descobertas parecem tão reais,
triviais,
fortalecendo o percurso.
Ele toma seu café da manhã como se fosse o primeiro,
talvez o último.
Cheiro de 'novo'.
Mas novamente faz o mesmo decurso,
cheio de atalhos,
sem pássaros para mostrar-lhe as melodias.
Percursos que ainda podem reviram um coração cheio de dor...
E quando eu ficar mais velho, que minhas dores sejam acalmadas pelo verde e o ar puro que ainda restam...
'VETUSTO'
Aprendi tanto.
Borboleta voando em lugares.
Ubiquidade avistando publicações do paraíso,
juntando amontoados de aprendizados.
Plantei dores,
sem jamais esquecer das pitadas de esperanças no olhar.
A fé cultivada virou bonança em plena tempestade...
Sonhei tanto.
Sonhos imperceptíveis que ainda alegram a alma e o coração.
Há um tempo em que os sonhos chegam ao fim,
perpetuando a linha azul do horizonte,
e as estrelas perdem o brilho.
Tudo fica sem sabor...
Sorri tanto.
[Sorrisos verdadeiros,
outros faz de conta.]
Se o amanhã não mais abrir as cortinas,
e as lágrimas caírem,
lembre do sorriso que lavava o coração,
e deixava o dia mais colorido...
Vivi tanto.
Mas as estações são passageiras aos oitenta.
Outras vezes demora na dor.
Vi netos,
bisnetos.
Filhos agarrados na compaixão,
mágoas em tantos corações...
Já esqueci quase tudo.
Agora só abstrações,
os flashes veem para apaziguar a dor.
Quarto escuro e seus muros.
Perdido não apenas no cansaço,
esperando a hora de um abraço ou do sono infernal,
sem tantas crenças no por do sol...
GRAMÁTICA
Fi-lo obliqua,
substantivada.
Substitui-lhe pronomes.
Ei-la agora objeto indireto,
intransitiva.
Complemento nominal.
Verbo sem ligação.
Voz passiva...
NAS NUVENS [PRAÇAS]
Um dia ficara adulto e percebeu não ser criança.
Semelhante aos demais,
a vida lúgubre.
Passou a andar rude nas praças.
A olhar para o céu,
'bestiado' porque as nuvens nunca caem...
Talvez elas declinem nas suas formas várias - pensara!
Exuberantes e tão tempestuosas.
Nuvens de poeira e algodão doce ficadas para trás.
Como a vida metaforizada,
nuvens levadas ao ermo...
A praça estar vazia.
Nos céus,
nuvens de orações e tecnologias.
Sem perceber,
as praças caíra no esquecimento,
surrupiadas e expostas nos ventos,
sem ar...
Tudo perde a graça ao olhar para o céu sem granizos.
E todo o tempo as nuvens sempre caem em chuviscos.
Das praças mirando ao alto,
as nuvens já são tão repetitivas.
Menos as células abaixo,
enferrujadas envelhecendo sorrisos...
As pessoas só veem aqui [praça] por algum tempo,
quando tem a liberdade de fitar os olhos nas suas tempestades.
Após,
se aprisionam em outros espaços caóticos,
nuvens de areia impactando-se...
Na praça há multidões,
chuvas ácidas.
Nas nuvens,
simplórios corações dualistas.
Seres matando expectativas sem antes abraçá-las...
Sempre se olha para as nuvens asfixiando conquistas.
E as praças em preto e branco,
já não tão mais otimista,
lembra saudade e solidão...
Sabe pq existem crentes religiosos? Pq é mais fácil de entender a Lei do que o amor. O amor de Jesus é escandaloso.
No muro perto do meu trabalho tem a seguinte frase " Você é feliz ou finge ser?" e pensando sobre o assunto, analisando profundamente minha trajetória até aqui, cheguei a seguinte conclusão:
Eu fui feliz, houve uma época há muito tempo, que fui feliz, mas hoje, não sei mais o que é esse sentimento.
Tenho pequenos flashes de felicidade, principalmente quando estou com minha filha, ela me dá a dose diária de felicidade que mantém de pé.
"Talvez o sentido da vida, seja o caminho a frente. Mas o coração teimoso, faz a mesma, parar em várias estações"!
Onde colocar nossa atenção ela funciona. Mas tudo depende unicamente de você seguir o que você quer.
Fulano é pra você que ainda escrevo. Pensei em começar assim esse texto, mas após a primeira frase e o ponto final estabelecido por mim e pela gramática, percebi que eu não conseguiria continuar. A vida andou, mas esse assunto já não flui mais faz tempo.
Vergonha do Brasil! Vergonha da PF, vergonha da PM, vergonha do EXERCITO.
Desisto do Brasil! Lugar podre que só pensa em carnaval e futebol. Multando os caminhoneiros para roubarem um pouco mais. Desisto desse lugar, absolutamente, podre.
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