Fios

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⁠Na teia do tempo, nossos fios se cruzaram,
Um amor ardente, memórias que não se apagaram.
Mas a vida, em seus labirintos, nos desviou,
Pessoas erradas, caminhos que a dor guiou.

Em meio à névoa do passado, um reencontro sutil,
Olhares que se buscam, um amor febril.
As cicatrizes do tempo, marcas de aprendizado,
A certeza de que o amor, jamais foi apagado.

Amores errantes, almas que se perderam,
Na busca incessante, por laços que não floresceram.
Mas o destino, em sua ironia, nos uniu outra vez,
Para mostrar que o amor, é o porto que nos fez.

O tempo cura, mas a chama ainda arde,
Um amor que renasce, em cada olhar que se evade.
E mesmo que a vida nos tenha separado,
O amor verdadeiro, jamais será apagado.

⁠O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Chefe Seattle
PINSKY, Jaime e outros (Org.). História da América através de textos. 3ª ed.São Paulo: Contexto, 1991.
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⁠A vida é feita de momentos, fios entrelaçados de experiências. Cada instante, seja de risos ou lágrimas, contribui para nosso aprendizado. Nada é por acaso; é a trama intricada do destino. Fazer a nossa parte é moldar ativamente esse caminho, escolhendo cores e padrões. Mesmo quando a vida desafia nossa vontade, ela é perfeita em sua imprevisibilidade. Em cada desvio, encontramos lições valiosas. Assim, somos artífices de nossa história, forjando significado nos altos e baixos. Afinal, nesse palco efêmero, cada ato é uma oportunidade de crescimento, transformando momentos em capítulos inesquecíveis.

Ler é meio puxar fios, e não decifrar.

Ana Cristina Cesar
Crítica e tradução. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

⁠"Nossas vidas são uma jornada única e intrincada, tecida a partir dos fios das pessoas que encontramos e das experiências que compartilhamos. Somos como livros abertos, cada capítulo moldado por interações e conexões com aqueles que cruzam nosso caminho. Às vezes, somos autores de nossas histórias, enquanto em outros momentos somos personagens nas histórias dos outros. A beleza está em perceber que somos todos um pouco de tudo e todos que já tocaram nossas vidas. Essa é a essência da nossa humanidade: crescer, aprender e evoluir juntos. À medida que continuamos nossa jornada, que possamos escrever capítulos que inspirem, ensinem e tragam amor aos corações daqueles que encontramos ao longo do caminho."

Recomeçar não é apagar...
É bordar novos fios sobre o tecido antigo, transformar ausência em espaço fértil,
e presença em raiz que
floresce no agora.

E minha mãe penteava os cabelos, fazendo os fios escorrerem com o tempo. Lembro de perceber no reflexo do espelho a delicadeza de ser mulher.

Vivendo uma vida de fantoche,
preso aos fios da vontade de alguém.
Minhas escolhas não me pertencem,
temo ser vista como a vilã também.


Canso de lutar contra o invisível,
às vezes só respiro pra não desabar.
A dor no peito é um nó constante,
aperta, insiste não quer soltar.


Cercada de vozes, risos, presenças,
e mesmo assim, um vazio sem fim.
Finjo amar a solitude que me cerca,
mas o que habita em mim é solidão, enfim.


Carrego feridas que ninguém nota,
sangram em silêncio, discretas, fiéis.
Não matam, mas doem como cortes na alma,
lembrando o quanto ainda sou frágil e real.


Há dias em que sorrio, inteira, viva,
em outros, sou só sombra e saudade.
Dói ver o espelho refletir um eco,
sem ninguém em quem confiar de verdade.


No fundo, o que mais desejo é simples:
ter as rédeas do meu próprio ser,
calar o caos, tocar a paze finalmente... viver.

Educar é tecer esperança com fios de paciência.

O que é a vida?
A vida é um emaranhado de fios
Ela é um pulsar no peito, um arrepio
Ela tem cores, sabores e desamores
Ela é certo e errado, ela é presente e passado
Ela é claro ou escuro
Ela é presente e futuro


O que é a vida?
A vida é uma grande fusão
Mistura de ódio, amor e paixão
Mistura de surpresas, destinos e pressão
Mistura de coisas que se escorrem pelas mãos


O que é a vida?
A vida é um começo meio e fim
Tem nela dores, amores e medo
Tem nela beleza, liberdade e desejo
Tem nela rotina, cansaço e apego


O que é a vida?
A vida é ampulheta
A vida é arte
A vida é bela
A vida é parte
A vida é luz
É sol, é mar
É frio é calor
É saber amar
É feia e linda
É aqui, é agora e ainda
É ser ou estar
É ir ou ficar
É crescer e viver
É pertencer e crê
É nascer e morrer
É dádiva é prazer
É pra mim e pra você
A vida é viver.

Nietzsche não é meu inimigo.
O Amor Fati foi sempre a minha Guia —
fios de Ariadne.
Wagner foi seu labirinto.
E assim, sua morte, absurda,
se encontra com a de Heráclito.

"Tecei, Tecei histórias com fios de esperança,
Costurando sonhos na tessitura da vida..."


Daniela Arfelli

Não conseguiremos nada a fios de espadas.
A não ser corações feridos, mentes e almas estraçalhadas.

Às vezes, fios brancos não são maturidade,
como árvores frondosas também sucumbem a vil tempestade

⁠O que queres poeta?
Quero a leveza do vento que entra pelos fios dos meus cabelos em preto e branco.
Quero a verdade das crianças, a beleza das rosas vermelhas e ficar corada por amar demais.

O que queres poeta?
Quero me sentir desejada, amada, querida e admirada, ser o lugar que ninguém é, um lugar que só eu posso ser, e sou.

O que queres poeta?
Que o relógio pare, toda vez que eu amar e me sentir amada, mais nada.
Nildinha Freitas

Na Teia


Pelas vibrações dos fios,
há um inseto a debater-se
naquela teia, refém.
Domínio daquela aranha
que de forma calculada,
é prisioneira também !




Poema de J.A.Lopes

Ao pôr do sol, as chamas, de longe,
aquecem ardentemente a paisagem ...


transpõem fios âmbares
de nuvens entardecidas...


soprando o calor de carícias suaves
no tecido do meu rosto ...


começo a despertar a noite
concedida à poesia ...


se ainda inebriado
pela sede poética ...


você não fosse o mais sincero e leal ,
como sempre e ainda mais um dia,
você me apagaria e desapareceria?! ...


Faça isso!
Eu te dou mais uma chance ...


Oh! Meu coração destemido!
Que a dor é tão antiga que pode
até morrer em mim...


e mesmo assim,
a jóia de viver é tão sagrada
que pode ressuscitar em mim...


que a vida que pulsa em mim é tão viva,
que quando quer...
pode golpearmi no momento certo
para reviver...


eu te perdoo, oh coração !
que ama mais do que pode
e sofre mais do que deve ...


Oh! Alma minha!
que escuta pacientemente as batidas
do meu coração nos serenos lamentos sussurrados aos caprichos da Lua ...


e guarda com ternura
todos os meus versos de sentimentos batizados pelo Oceano ...


que sob serenos auspícios
chegará ao crepúsculo e desejará adormecer
nos lençóis bordados pela fiel poesia ...
✍©️@MiriamDaCosta

"A convivência é a tecelagem de Deus. Ele usa os fios de cores e texturas diferentes — que são as pessoas — para criar o desenho exato que a nossa alma precisa vestir."

TRANÇA-ME, NÊGA




Os dedos da preta que trança meus fios de cabelo crespo (diante de uma vida dura)
ao mesmo tempo que puxa,
fazem um cafuné.
Os dedos sambam sobre o embaraço/ os cachos.
Os dedos correm como o Pelé.
Sua mão é delicada, me sinto cuidado. (Adupé)
Ela tira o nó com maior amô,
Não me prende. Não raspe!
É uma tecelã.
Rir, faz massagem, conta histórias...
Seu timbre de voz cheira hortelã.
A oralidade nos seus lábios, precede à escrita no papel (todos a escutam).
Ela lava meu cabelo com água misturada com mel,
fulô e maçã.


O caminho de volta é a ancestralidade, baiano.
Que até Caminha, Cabral se perdeu numa manhã.
A caravela do seu navio não achou um só fio da minha juba,
Ficou boiando!
Salve, Zumbi dos Palmares!!!
Na minha terra tem palmeiras,
favela, quilombo, roça, aldeia, ribeirinho
Onde canta o povo brasileiro afligidos.
Os pombos daqui gorjeiam o Estados Unidos.
A Beatriz Nascimento, daí ouvidos!


A nêga faz traça para comunicar várias coisas: avisar a época da colheita, quantos filhos a outra tem,
E quando quer casar também.
Salve! Minha preta nagô!
Salve! Minha nêga nagô!
Os pretos estão se amando!
Daria um filme...


Caetaniando:
“Quando essa preta começa a tratar do cabelo
É de se olhar toda a trama da trança, trança do cabelo
Conchas do mar, ela manda buscar pra botar no cabelo
Toda minúcia, toda delícia”.

Ciberespaço


Um útero de fios
Onde gestamos ausências


Senso
De perda
Que não pesa em gramas,
Mas em bytes de memória
Apagados em baixa resolução


Menores
Ecos do cotidiano:
O atrito da xícara no pires,
A hesitação antes de responder,
A textura do ar antes da chuva
Detalhes da rotina diária
Sendo eliminados
Por algoritmos de eficiência.


Exoesqueletos da estupidez
Vestimos interfaces intuitivas
Que pensam por nós,
Enquanto nossos músculos mentais
Atrofiam em elegantes casulos de titânio


Configuração
Um ritual sagrado:
Parâmetros biomecânicos ajustados,
Parâmetros biológicos monitorados,
Sincronização cerebral forçada
Como metrônomo para uma orquestra de neurônios cansados


Blockchain mental
Registros imutáveis de pensamentos editados,
Correntes de hashes ligando verdades revisionadas.
Atividade cerebral em ruptura
Onda delta contra firewall,
Sonhos comprimidos em pacotes de dados,
Sinais de erro brotando como flores de lótus em telas azuis


Enquanto isso
(O pronome mais humano que restou)
Ainda faz sentido.
O último suspiro orgânico
Antes do login definitivo






Criptografia da alma
Senhas de existência
Trocadas a cada aurora digital


Lacunas
Entre um ping e outro,
Surge o vácuo que canta
Em frequências não traduzíveis


Arquivos corrompidos
De emoções não indexadas:
A saudade que o sistema operacional
Identifica como "erro 404: afeto não encontrado"


Nuvens de pensamento
Sincronizadas até a última nêvoa,
Mas o backup dos instintos
Foi perdido na migração


E o corpo?
Pergunta o hardware ao firmware,
Enquanto a carne, esquecida,
Ainda treme de frio
Na sala de servidores climatizada.


Até que em um loop inesperado
Um bug no paraíso lógico
O sistema encontra um glitch
Chamado poesia:
Dados que não se encaixam,
Verdades que não verificam,
E um verso antigo
Que ressoa como eco de um mundo
Que insistimos em apagar,
Mas que teima em renascer
Como raiz sob o asfalto digital


Porque ainda faz sentido
Enquanto houver um refresh
Que não apague por completo
A sombra do que fomos
Antes de nos tornarmos