Fios
De um olhar misterioso,
com uma pele delicada,
longos fios castanhos,
essência notada,
parece ser um sonho,
merece ser amada.
Feios
feios sao os diferentes
feios como carvao.
Tal maneira fios
do meu coracao
feios corpos e almas
feios olhos,pes
atee palmas.
Feios como o escuro
De misterios
Que proucuro
feios os sem vida.
Eh que sao feios!
E ninguem duvida.
Uma voz do outro lado da linha,
que atravessa toda distância,
por fios, cabos e redes,
e chega bem aqui.
Uma voz, um sentido,
sentido por todos os sentidos e em todos os sentidos,
a voz, no ar como perfume,
a voz, capaz de se materializar, faz ver,
a voz que toca delicadamente,
e o gosto - doce - suave de querer mais e mais,
Uma voz que era uma vez,
e que sempre será,
que fala no silêncio,
que grita na ausência,
desafia o imaginavel do mais profundo sentimento,
Uma voz do outra lado da linha,
que permanece a ecoar,
na mente, na alma e na vida,
mesmo após a ligação acabar.
Terça feira
Vamos tecer uma terça de alegrias com os fios dourados do otimismo! (outros bons fios se entrelaçam e se ajustam).
Sabe aquelas andorinhas pousadas nos fios do poste, não é que elas formam uma partitura?
Daria tudo pra saber o som que faz.
São essas pequeninas coisas bordadas com fios
de afetos no tecido áspero do cotidiano, que enfeitam
com gotinhas açucaradas a nossa alma.
E minha mãe penteava os cabelos, fazendo os fios escorrerem com o tempo. Lembro de perceber no reflexo do espelho a delicadeza de ser mulher.
Perder não faz parte de minha natureza. Odeio perder até os meus fios de cabelo. Mas durante a vida temos que aprender a perder ou pelo menos a nos acostumarmos com essa possibilidade.
Negra manta vou tecer e com estrelas vou bordar,
usando fios da cor do luar, para com o céu se parecer.
Seu cheiro ficou no meu lençol, junto com alguns fios de cabelo, mas não só isso você deixou, deixou saudades nesse coração vagabundo
Me sinto uma marionete conduzida por fios nas mãos do destino, não sou dona de mim, não controlo nada em minha vida...
Ilusão achar que sempre estive no controle de meus sentimentos, não escolho quem sai e quem entra em minha vida, faço planos e nada é como desejei que fosse.
Dizem que nada é por acaso, então se tudo tem um propósito, qual o propósito que a vida tem em oferecer tantas decepções, seria o destino um sádico que sente prazer com as mágoas que introduz em meu coração.
Onde foi que errei? Em que momento da vida vacilei? Simplesmente adormeci e quando acordei já me encontrei nessa crise existencial...
Onde foi parar os meus sonhos, onde estão as pessoas que tanto amei, e as minhas palavras levadas pelo vento e esquecidas...
Tantas pessoas se perderam de mim, soltaram as minhas mãos...
Justo as minhas mãos que por inúmeras vezes estendi a essas pessoas...
Caminharam sem mim, se esqueceram de meus joelhos tão feridos pelas vezes que cai por tentar ajudá-las...
Não olham para trás, se olharem irão me ver e isso as fariam repensar em suas atitudes...
Elas não desejam isso!
Em que hora o inimigo entrou em minha vida? Acreditei que tudo poderia permanecer sempre em paz, mas me enganei...
Meu maior pecado? Confiar demais nas pessoas, amar demais, ser fiel aos meus sentimentos, dar o melhor de mim sempre e hoje vejo quanta ingenuidade...
Por sempre andar com a luz, esqueci que as trevas existem.
Por amar demais meu coração sempre esqueceu que o ódio também tem seu império.
Sempre agradeci por tudo, me esqueci que a ingratidão é como a erva daninha que cresce em meios as rosas...
Ingratidão tem raízes profundas no coração das pessoas...
Hoje relembro quantas coisas que vivi, quantas pessoas que cruzei nesta vida, pouco restou de outros tempos...
Saudades às vezes bate forte no coração relembrando a falta de tantas coisas e de tantas pessoas que nem imaginam que ainda as tenho guardadas em minhas lembranças...
Fragmentos de memórias que insistem em retornar, é impossível viver sem lembranças, só resta apenas o choro acumulado em meu coração...
Lágrimas de dor, ausência de muitas coisas, vontade de algo inexplicável...
Dores que tenho e carrego como um fardo que me foi dado pela vida, talvez um brincadeira do destino...
Razões não tenho pra tentar explicar o que tento a toda hora entender o porquê de tudo isso que estou vivendo...
Pesadelo na qual estou aprisionada, e por mais que tento acordar é em vão meu esforço...
Talvez uma prova da vida, um teste longo e difícil sem prazo determinado para acabar...
São noites traiçoeiras que insistem em permanecer e ofuscar a luz de um novo amanhecer..."
Roseane Rodrigues
Eu sou uma bomba hidráulica programada dentro do seu coração como fios sobre suas veias e artérias, que faz bombear toda sua paixão.
Nó
Estou perdidamente emaranhada
Em seus fios de delícias e doçuras.
Já não encontro o começo da meada,
Não sei nem mesmo
Se há uma ponta de saída
Ou se a loucura
Vai num ritmo crescente
Até subjugar a minha vida.
Não importa.
Quero seus nós de seda
Cada vez mais cegos e apertados
A me costurar nas malhas e nos pelos.
Enquanto você me amarra,
Permanece atado na trama do novelo.
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Saudosista,
o poeta galga a teia rugosa do tempo,
enredada por fios de seda.
Sua memória retém felizes lembranças!
Nostálgico,
o poeta aviva velhas recordações,
vincadas num passado remoto.
Sua saudade resguarda a inocência!
Silencioso,
o poeta apalpa o rosto de tez morena,
facetado de amabilidade e afeto.
Seu sorriso se converte em versos!
Elogio da Distância
Na fonte dos teus olhos
vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
Na fonte dos teus olhos
o mar cumpre a sua promessa.
Aqui, coração
que andou entre os homens, arranco
do corpo as vestes e o brilho de uma jura:
Mais negro no negro, estou mais nu.
Só quando sou falso sou fiel.
Sou tu quando sou eu.
Na fonte dos teus olhos
ando à deriva sonhando o rapto.
Um fio apanhou um fio:
separamo-nos enlaçados.
Na fonte dos teus olhos
um enforcado estrangula o baraço.
O meu tempo é costurado com fios do agora. O tempo me pertence com preciosidade. Por horas me trouxe sensações e emoções do feliz e do triste, do abraço e do choro... Por muitas vezes o tempo me faz morar no abraço, no amor, na gratidão. Estou costurada pelas linhas da mão de DEUS buscando a fé, ansiando a paz, apagando a tristeza, aquietando a alma, doando amor, clareando dias....Afinal costurar a vida é isso: cair, aprender e levantar!
DEMÊNCIA SENIL (soneto)
Nos fios brancos do silêncio, a quietude
Nubladas recordações, escura solidão
Horas lentas no tempo, e vazia emoção
Que tateiam o que outrora foi plenitude
E nesta distância do devaneio e o são
O mesmo mutando numa outra atitude
Tremulando o olhar numa lacuna rude
Sorrindo sem riso e andando sem chão
E no papel sem margem, a negrutude
Que esgaça a ilusão sem dar demão
Onde tudo é vagar e pouca amplitude
Assim, neste empuxo sem ter tração
Se não reconheço, sabes do que pude
Então, assiste este sóbrio senil coração
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
À meu velho pai
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