Filósofos Matemáticos
Elegemos por popularidade, não por competência. A manipulação em massa tem mais peso do que princípios. Não votamos em projetos de governo, votamos em marionetes com interesses pífios. Deveríamos ser governados por filósofos, amantes do saber, não por crápulas e gananciosos de caráter fictício interessados apenas no poder. O poder deveria ser limitado. Nenhum homem deveria ter mais poder do que ideais.
Quando você, porém, perceber que o destino te escolheu para brilhar;
Aprenderá a aceitar com otimismo todas as sombras que lançarem sobre o teu caminho.
Quanto mais escuro um entorno, com mais potência brilha a luz!
Se o tempo não tem gosto, pq tão amargo?
Se não tem cor, nem forma, pq tão feio?
Se é tão rápido, pq tão lento?
Se é sempre tão preciso, pq tão perdido?
Se é o futuro, pq o presente?
Se é o passado, pq passou?
Tempo.
Quem é você afinal?
Tá roubando, ou tá me dando?
Me criando, ou me matando?
Tempo,
Não sei quem é você,
Mas você poderia ser mais legal.
É agonizante
viver
na sociedade
atrasada
tolos querem ouro
sábios
querem nada
É tolice
dizer
na frequência
errada
todos querem pouco
poucos
querem nada
É sábio
ouvir
na inteligência
dada
todos querem tolos
tolos
querem nada.
Livro: Não Há Arco-iris no meu Porão.
Capítulo 5 —
A Flor e o Filósofo no Abismo.
A flor estava sentada no limite do porão, onde os tijolos se desfaziam como lembranças mal digeridas. Seus olhos, enevoados de luto prematuro, fitavam o vazio que morava dentro dela — e que não era só dela.
Ali, no breu quase simbiótico, surgiu ele: Friedrich, sem o tempo nem a barba. Não como homem, mas como ferida.
Trazia no olhar a exaustão dos que pensam demais, e nos lábios o tremor dos que já perderam o direito de acreditar.
Ela não se assustou.
Ele também não.
— “Você também caiu?”, ela perguntou, sua voz como se viesse de um sino partido.
— “Não, pequena... eu apenas nunca mais consegui subir.”
Ficaram frente a frente, ambos em silêncios que diziam mais do que qualquer aforismo.
Ela estendia os dedos manchados de pó e sangue velho. Ele hesitou. Nietzsche sabia o preço de tocar a dor alheia. Mas, ainda assim, quase tomou sua mão.
— “Eu carrego dons que doem”, disse a flor.
— “E eu carrego verdades que me isolaram de todos”, respondeu ele.
Acima deles, os sorrisos vazios dos que acreditam ter vencido a vida tremeluziram como cacos de luz.
Mas no abismo, não havia luz — apenas lucidez.
E uma flor lutando para sustentar as Notas.
— “Eles acham que estou louca… porque ouço o que ninguém mais ouve…”
Nietzsche inclinou-se, sua sombra tremendo como um pensamento prestes a ruir.
— “Louca? Ah, criança… eu desejei ser louco muitas vezes. Ser louco é menos doloroso do que ver demais. Você não está louca. Você está vendo um mundo que finge ser cego.”
Ela não sabia se aquilo a consolava ou a condenava ainda mais.
Ficaram ali. Dois seres de fronteira.
A flor que não florescia.
O filósofo que não acreditava mais na primavera.
E, por um instante que talvez nunca tenha existido, tocaram-se.
Não com as mãos, mas com a dor que se reconhece.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp