Filosofia
A vida é um lampejo , uma fagulha. Faça tudo devagar para fazer bem feito , mas faça de forma urgente.
Este poema não diz nada
Este poema não tem nada
Este poema não causa nada
Este poema não trás nada
Este poema é o nada
Eu nasci uma
cratera,
sem querer me tornei um
lago,
eu queria ser um
pássaro,
mas os galhos pra mim não tinham
espaço,
fui do repleto ao
escasso,
do sucesso ao
fracasso,
eu sou uma vírgula do que
nasci,
um refrão do que me
tornei
e a continuação do meu
acaso.
A contradição é por muitas vezes o caminho do sábio até encontrar a verdade. É, entretanto, a casa do tolo que não aceita um pensamento diferente do seu.
"O coração sem Amor, a beleza sem sinceridade e a inteligência sem virtude são como um alimento insosso, não tem graça nenhuma."
Ronald Sanson, in 'O Poder do Amor'
O abismo é uma sedução provocadora
Um beijo na boca da maldade
Um tapa na cara do perigo
Se for me amar por vaidade
Eu prefiro ser temido
Pra não dizer que não falei das flores
Colhi na praia do pacífico
Naveguei até a ilha dos amores
E vi o bom selvagem tímido.
Grande parte das pessoas que estão ao seu lado, tendem a procurar vantagem em alguma coisa, mas uma pequena parte delas, tendem a lhe oferecer alguma vantagem.
Expressar o humano não é arte, é uma gritaria; toda arte por natureza deve ser fingida. Se me dissestes que a gritaria pode ser arte, responder-te-ia, o belo pode ser nauseante e o agradável poderia vim a não ser prazeroso? De imediato poderia replicar que as duas coisas não necessariamente têm que andar separadas, argumentando para isso, talvez, em termos de pulsões, treplicaria, então, não há registro deles no aparelho psíquico, pois estamos vivos sabendo que vamos morrer sem nunca ter morrido, ou seja, eles nos são simbólicos em certa medida, por isso a sensação de sermos infinitos e a morte nada, em um salto de percepção desejada, em uma sensação irrefletida e apontada para o nada (o desconhecido) e em um processo contínuo de linguagem (simbólico), o tão caro nirvana dos místicos, o encontro com o dharma _encontrando-se_, e acrescentaria, não necessariamente têm que andar separadas, mas necessariamente devem andar separadas, o próprio fato de tender denuncia isto, pois quando misturadas não seria nenhuma uma coisa nem outra, não seria agradável a priori (naturalmente), porém, como uma proposta revolucionária e inovadora e boa e genial, sim todas as coisas entrelaçadas pelo desejo, e não correlacionadas diretamente em termos de implicação lógica, mas nunca vista (sentida e compreendida), por isso o processo de apreciação se dar pela exposição e absorção do discurso, ou seja, uma dessensibilização. Em síntese, se torna um absurdo defendido, pois todos desejam ('não morrer' !?) e imune a qualquer racionalização que por natureza exige coesão lógica interna e externa, além do mínimo, ou necessário, de resultados pragmáticos, ou seja, se torna um discurso esvaziado de conceito, quando muito, de rigor. Poderias fazer a observação de que há uma falha na minha argumentação, apontando para isso que as duas pulsões tendem ao infinito por não ter assinatura no aparelho psíquico, ou seja, ambos têm a mesma força de ação e presença, digo, em termos quantitativos são equivalentes, argumentaria pois que não poderia estar mais equivocada; a morte é a verdadeira significante da questão, pois o fato de não sabermos o que é o instinto de fato por sermos seres racionais, nos faz seres de linguagem, razão e sim, morte, a morte é o que nos constitui como sujeitos e humanos, homem. A vida é o enquanto, a morte é o final, o que nos aguarda e como todo final, não é desejado, por isso nos esforçamos ao máximo para tentar deixar o enredo um pouco mais interessante, mas desde o início temos somente uma certeza, a de que vamos morrer, isto é, que a história terá um ponto final e isto nos faz diferente de qualquer outro animal, ao ponto de ignorarmos o máximo possível este fato indubitável, vivaz e límpido, porém, tenebroso. Ademais, o que nos faz ser humano é o atravessamento da linguagem, a inserção da lei, isto é, da instância do superego com a pulsão de morte. Perfazendo, somos 'seres' que morrem, no mais são produções imaginárias, por vezes delirantes, por conseguinte, mentirosas.
O sentido da vida é a plenitude e todas as forças do Universo são favoráveis ao homem que vive sua Lenda Pessoal.
