Filha mais Velha

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A pressa não me têm


Cai a chuva fina na janela da velha casa, a colina se escondeu, o cheiro da terra molhada, o temor emudeceu.
O lampião aceso, a cadeira vaga, a porta bate, o trovão estremeceu, o vento assovia e cantarola, um ninar único e meu.
Lembranças apagadas recheadas de desejos e transpiração, o rangido da cadeira se escondeu.
A noite segue calada, sonolenta também, erudita em sua fala, tímida e amistosa naquilo que convêm.
Nada mais, nada passado, apenas inocente e puro, desprendido de andanças desastrosas que maculam a fala e deixam os pés doendo também.
A beleza está guardada, não na fala, não na casa, não na chuva que escondeu, não na noite iluminada pela lua no apogeu, está sim em seu olhar, no que seus olhos buscam ver, a beleza alcançada não é apenas o que se vê, mas sim no esperar acontecer
Procure sem ver, ache sem procurar, encontre sem perceber,seja feliz na caminhada,sua companhia é encontrada, só não busque de forma agoniada, pois a água vem mansinha e clara, peça apenas que ela toque você.

Sem sentido!
Sem sentir...
Foi então que tocou aquela velha canção que dizia o que nem eu mesma sabia, mas sentia e isso bastou.
Agora olho para o espelho que eu mesma criei e tento me enxergar por trás de tantos poemas.
Eu escrevo!
Eu me leio!
Eu me sinto!
Eu não me basto!

Prefiro sentar à mesa de madeira velha, sem toalha, para comer feijão com farinha fazendo bolinhos com a mão, que me juntar à um bando de burguesinho moralista se achando melhor que os outros só por que tem um diploma, um carro... Prefiro dar bom dia a um gari do que comprimentar um idiota de terno e gravata me olhando com ar de superiorida... Prefiro dar minha cara a tapa do que usar mascara! Quero ver quem ousará bater...

“Inspiração”

E eis que paro, penso
E no momento nada me vem à cabeça
Aguardando a velha e companheira “inspiração”,
Que não sei de onde vem, nem pra onde vão.
E agora? Como escrever?
Sem a bendita “inspiração”.
Ouço uma música
Esperando erroneamente ela vir de lá,
Lembro de antigos amores, lindos momentos,
Esforço-me a recordar.
Esperando que o passado me dê
Linda coisas para escrever.
ÓH! “inspiração” quanta falta tu me faz!
Sem ti todo conteúdo vira vácuo
A emoção perde o sentido
O sentido perde toda emoção.
Sem ti, não seria possível viver
Sem ti, o que poderia eu fazer ?
Todavia nosso amor foi recíproco,
Não posso reclamar para não entrar em contradição,
Ès a rainha dos poetas
Ès o meu coração

Percebi que estou ficando nova. Eu era velha quando não dava ao Amor o seu devido valor...

Velha Figueira

Um dia você foi pequena, os animais em ti pisoteavam;
Quando cresceste os mesmos em tua sombra se abrigavam.
Muitos frutos de teus galhos foram colhidos, saboreados;
Os viajantes e campeiros embaixo de ti ficavam sentados.

Ao longe se avistava um grande rio e a relva ate sua margem;
O homem construiu uma barragem e fez sumir esta bela imagem.
Hoje estas sozinha, cercada de água nesta ilha;
E alguns ainda dizem que isto tudo é uma maravilha.

Maravilha era antes, que tudo estava como Deus criou;
Mas o crescimento veio e esta paisagem alterou.
Tu velha figueira, és forte e guerreira, permaneceste em pé;
Mostrando-nos que devemos enfrentar os desafios com fé.

Espelho-me em ti, velha figueira, quando me vejo cercado de água.
Sinto-me mais forte e os obstáculos se transformam em nada.
Quero ser igual a ti, velha figueira. Que mesmo solitária;
Ainda estás de pé, abrindo teus braços de forma tão solidária.

"Quem sabe será a velha e sábia Corvinal
A Casa dos que tem a mente sempre alerta
Onde os homens de grande espírito e saber
Sempre encontrarão companheiros seus iguais"

Como dizia aquela velha frase careta e cafona: "Falar de mim é fácil, difícil é tentar viver como eu."

Nas gavetas da velha cômoda!!!
Todo dia eu acordo e me separo de você. Levanto, guardo os sonhos na gaveta da velha cômoda e troco o pijama. Saio de casa em rotineira condição. Reparo em minha própria sombra no chão e sinto falta da outra que sempre esteve ali ao lado. Como distrair o pensamento de algo que se quer pensar, mas não se deve? Como amordaçar o que se sente para não mais sentir? Não sei.

Todo dia eu acordo e me separo de você. Sigo meu caminho e busco outros prazeres. Preencho as lacunas de pensamento com chocolate e televisão. Troco os móveis de lugar para que nada me lembre o que eu não devo lembrar. E diante do espelho me convenço de que tudo isso é essencial. Chega uma hora, na vida, que temos que adotar certas medidas de segurança. É quando percebemos que só nós podemos nos salvar. Então, fica combinado assim: eu me salvo e você se salva. E a gente se vê qualquer dia. No último instante da história ou, quem sabe, nunca. Só em sonhos. Daqueles que guardamos nas gavetas da velha cômoda.

Todo dia eu acordo e me separo de você. Pago contas, anoto recados, vou ao cinema, pego transito e pareço seguir em frente. Me separo de você e de tudo o que eu não quero mais viver. E encerro qualquer possibilidade de diálogo que possa nos fazer voltar atrás. Pois o tempo não se curva. E já não somos mais os mesmos. Faz tempo.

E todo dia eu acordo de me separo de você mais um pouco...enquanto passam os anos...nove, dez...o tempo sorri do meu esforço diário. E já não tenho notícias suas. E já não sei o que dizer quando me perguntam """"e fulano que fim levou?"""". E percebo que aprendi a adestrar os pensamentos e lidar com as mordaças adequadas aos arredios sentimentos.

E assim, todo dia eu acordo e me separo de você de novo. E preencho mais gavetas, com mais sonhos improváveis. Porque chega uma hora, na vida, que temos que adotar certas medidas de segurança. E ando pelas ruas somente com a minha sombra e tudo parece estar no seu lugar. Pareço seguir em frente. E, assim, vou me separando de você, em frações de tempo, todo dia de manhã quando acordo.

O problema é que toda noite eu adormeço e me caso com você de novo.

Mais um ano termina com o fim do calendário pendurado na parede.
Na velha agenda de repente todos os dias foram preenchidos.
Parece que foi ontem primeiro de janeiro, e hoje já é quase 31 de dezembro.
Então um novo ano começa com cheiro de roupa nova, de brinquedo tirado da caixa, de sapato nunca usado, de fogos de artifício queimando no céu.
Entre a contagem regressiva do passado e a espera do futuro, vivemos um presente que dura poucos instantes.
Abraçamos as pessoas que amamos, e as desejamos feliz ano novo, sentimos saudades dos que estão distantes, dos que já se foram, e daqueles que não importa quanto tempo passe jamais poderemos ver novamente, brindamos e nos embriagamos na espera da eterna possibilidade do vir a ser, do viver o que ainda virá, e da nostalgia da constatação dos sonhos que não foram realizadas.
È curioso o número quase incontável de expectativas que criamos, mas o mais espantoso é o a quantidade exorbitante de promessas que fazemos a nós mesmos, como se naquele momento querer e desejar fosse suficiente para remover todos os obstáculos e empecilhos que poderam vir sugir no decorrer do caminho, e é nele que nós nos esquecemos do que no primeiro dia tanto almejávamos.
E no vai e vêm, no correr incessante do ponteiro do relógio, no soar do despertador as seis da manhã, no acordar , almoçar , jantar , dormir, escovar os dentes, pentear o cabelo, sair correndo (pela hora quase que perdida) , chegar em casa quando já é noite , e etc, etc, que o ano vai passando, que já é seu aniversário , que há um fio ou outro de cabelo branco, uma marca profunda na testa e de repente, parece que tudo começa de novo...
Mas, quando você se dá conta o amor da sua vida se foi, seus pais tal como você também envelheceram, seus filhos cresceram e estão saindo de casa, você já não tem mais vinte anos, a maioria dos seus amigos também não, então, por sorte mais uma agenda chega ao fim, e você costada todas as coisas que perdeu e há esperar um intenso desejo de fazer tudo diferente, de diminuir um pouco a marcha, de desacelerar, mas o despertador toca...

Galinha velha dá bom caldo, mas são as frangas novas que fazem o Galo cantar!

No fim, é aquela velha história: é você e seu coração.

Nova, coroa, loira, morena, ruiva, gorda, magra...
O que importa é ser feliz com quem te faz feliz!

Espera um pouco, filha, e verás grandes coisas

Ultimamente não tenho sido boa: irmã, amiga, prima, sobrinha, neta, filha.
Ultimamente não tenho falado com profundidade sobre o que sinto, não tenho conversado com quem tenho confiança, ultimamente luto com muitas guerras internas,e luto a todo custo para não ser derrotada, ultimamente sinto um nó na garganta, um grito de silêncio que quer evacuar universo afora, sinto que tudo dentro de mim é como uma bomba preste a explodir,sim, ultimamente tenho vivido muitas noites frias,com ausência de mim mesmo.
Ultimamente sinto falto de quem eu já fui um dia, sinto falta que mesmo em um mundo com pessoas que machuca outros, eu sempre procurava um bom motivo pra rir, sinto falta da minha inocência que um dia foi tirada de mim, sinto falta das minhas fantasias que um dia destruíram por mim, sinto falta do "meu mundo encantado", que um dia foi consumido.
Ultimamente sinto falta dos meus risos sereno, sinto falta das minhas gargalhadas profundas, sinto falta do meu amor sem medida.
Ultimamente sinto falta da minha garra em vencer, de lutar e nunca desistir, de sempre tem algo bom a oferecer a alguém, uma palavra de conforto que seja.
Sim, ultimamente sinto falta de mim.
Perdoe-me por ultimamente não está sendo uma boa: irmã,amiga,prima, sobrinha,neta é filha, perdoe me,se ultimamente me ausentei em datas comemorativas, perdoe-me se fiquei calada com todos meus sentimentos, não quis importunar a sua vida tão corrida,pois você tem seus próprios problemas, você tem seus sonhos para ser alcançados, não quis lhe incomodar,pois você poderia dizer que estou fazendo"um showzinho"ou um "draminha", perdoe-me por ter pensando em falar com você,mas não fui.
Porque você sempre foi o melhor: irmão (a),amigo(a),primo(a),tio(a)...que eu poderia ter,me perdoe por ter sempre te desejado o bem,por sempre me preocupar com você,me perdoe por sempre fazer esforço em saber como está,em ir te visitar,e sorrir com você,sendo que por dentro eu estava a chorar,mas você é uma pessoa especial,querida,e que amo muito,desculpe se não quis desabafar com você,eu não queria te incomodar.

Minha filha...
Parece que carrega o arco-íris com si
Por onde passa deixa o rastro de cores
Um mesclado de beleza, alegria e sentimentos
Provando que a pureza existe e que a verdade se encontra ali.

Sorriso entre o pai e a filha
Abraços entre amigos e irmãos
Paisagens de união no verão
Do mundo e seus encontros profundos...
Do beijo molhado, do abraço suado
Do olhar de uma mãe para um filho...
Do vento no rosto.
Da formatura esperada e venerada
Da corrida...
Da chegada de uma vida para esta vida...
Das esquinas
Da neblina
E até da partida, que pensa que terá outro encontro...
na verdade era só despedida.
Os momentos correm como o vento
E o tempo escorre por entre o vão da porta...
Mas tem uma máquina, a máquina do tempo que para qualquer
doce
amargo
lento
forte momento...
Fotografa, retratando o retrato da vida de todos...
Deixando transparecer até sentimentos...
Assim é a fotografia, como a poesia...
Eterna, eterna...

Quando eu tiver uma filha, vou ensinar a ela que príncipes encantados existem sim, mas não como nos livros e contos de fadas.
O verdadeiro príncipe encantado, na maioria das vezes, não tem um cavalo ou até mesmo um carro, mas isso não importa. Ele vai até a sua casa a pé, só pra ver você. O príncipe encantado não precisa ter as melhores roupas ou roupas de gala pra ser um príncipe. Ele tem que tratar uma garota bem, com respeito, sem magoá-la. Vou ensinar à minha filha que o príncipe deve ser gentil e tratá-la com carinho. Que o verdadeiro príncipe é fiel, não trai, não machuca o coração da princesa. Direi a ela, porém, que encontrar um príncipe é muito difícil, não irei iludi-la, como fizeram comigo.
E se ela perguntar se já conheci um príncipe, terei a felicidade de dizer que sim, e que ela pode ter orgulho em chamar o meu príncipe de PAI.

Uma coisa certa é que não há amor tão puramente angelical como o amor de um pai por uma filha. No amor às nossas esposas há desejo, no amor aos nossos filhos, há ambição; mas no amor por uma filha há algo que não há palavras para descrever!

“……NA VIDA TUDO É UM JOGO. PERDE OU GANHA. ATÉ NO AMOR. MÃE PRA FILHA, MARIDO PRA MULHER, TUDO É INTERESSE: SE EU NÃO TE DOU VOCÊ TAMBÉM NÃO ME DÁ……"