Feliz aniversário, filha: 71 mensagens para celebrar o seu dia

Ser tímido em relação a uma pessoa é confessarmos a nossa inferioridade perante ela. Mas tal receio de lhe desagradar, mesmo lisonjeando-a, não a obriga a simpatizar conosco.

O primeiro dever do historiador é não trair a verdade, não calar a verdade, não ser suspeito de parcialidades ou rancores.

Tudo o que peço aos políticos é que se contentem em mudar o mundo sem começar por mudar a verdade.

Evitai de vos observar ao microscópio. Bons olhos, sem vidros, voltados para o que vos cerca é quanto basta.

O pensamento é livre.

Até mesmo de um corpúsculo disforme pode sair um espírito realmente forte e virtuoso.

Os erros são sempre iniciais.

Crê nos que buscam a verdade. Duvida dos que a encontram.

Malditos os inseguros e os parcimoniosos! O defeito prejudica mais do que o excesso.

Ser comunista, hoje, exige um ato de fé sobre-humana.

O ideal é ainda a alma de todas as realizações.

Maestros não sabem como o oboé faz o seu trabalho, mas eles sabem com o que o oboé deve contribuir.

A experiência mostra que os homens vão sempre para baixo, que é preciso corpos sólidos para os conter.

O grande paradoxo do artista é ter de tornar invisível a visibilidade do artifício com que torna visível esse invisível.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

na barra sul do horizonte
estacionavam cúmulus
esfiapando sorveret de coco

A liberdade absoluta conquista-se pelo amor: só o amor liberta o homem da sua natureza e expulsa o animal e o demônio.

Esquece-se muito mais cedo uma ferida do que um insulto.

A nascente desaprova quase sempre o itinerário do rio.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

Todo o país escravizado por outro ou outros países, tem na mão, enquanto souber ou puder conservar a própria língua, a chave da prisão onde jaz.