Fe Apos Morte
Entre o medo e o tempo
Se temo a morte? Talvez mais o erro
de não morrer, ou de partir
quando ainda ecoam promessas,
ou então tarde — soterrado em silêncio,
só ocupando o ar de quem respira por inteiro.
Queria partir no compasso certo,
quando ainda se nota minha ausência,
mas não tarde demais a ponto
de ser alívio e não lembrança.
Que sobrem uns poucos que, sem afeto,
ainda me lancem um olhar torto —
porque amar de verdade
exige também saber o peso do desprezo.
E se nada mais restar de mim,
que fiquem estas linhas dispersas,
talvez num papel amarelado,
ou na leveza de uma nuvem digital,
soprando um sopro meu
em quem se dispuser a escutar.
Roberval Pedro Culpi
"A morte é necessária, para que outros nasçam, morrem uns pra dar a vida aos outros, quando um ciclo de vida termina, começa outro e assim o mundo gira, seguindo seu ciclo natural."
Luto Súbito
Tamanho vazio me preenche
O sopro da morte se sente
Na calada da noite sombria
Onde um dia resistiu momento de alegria
Quão doloroso é saber
Que não vão mais ver você
Ou sentir seu cheiro
Vão te procurar e não achar no mundo inteiro.
Essa morte tão maldita
Que no livro da vida não estava escrita
É difícil ver essa partida precoce
Esse sentimento me contorce
Me faz não querer desse ar que respiro
Doloroso mesmo foi saber do
seu último suspiro.
Olhe meu amor, a dor bate forte no meu coração,
Saiba que sua morte Jamais será em vão,
Quando falo de morte, Já adianto que você não morreu,
Apenas que seu amor Nunca me pertenceu...
Acasos (Zeroge, 2010)
Um dia a morte há de me chamar para um café —
Não se recusa café.
E se não for assim, eu nem vou.
Ela sorrirá, cansada,
Talvez tome com açúcar, pra adoçar.
Não pretendo dar-lhe trabalho.
Quero só o suficiente
Tenho poucas exigências
Poucos desejos
Pouca vida pela frente
Me enterrem com meus erros,
não quero flores, quero espinhos.
E se chover no enterro, ótimo —
o céu também tem o que lamentar.
Quem quiser, pode rir,
mas com moderação.
Não rezem por mim em voz alta:
tenho sono leve.
Se alguém soluçar demais,
desconfiem: talvez tenha sido ele.
No fim, morri como vivi —
sem entender direito o começo.
A vida é, de fato, uma causa perdida. Digo isso porque a morte é inevitável: um dia vamos perder, mas enquanto esse dia não chega, devemos valorizar os pequenos momentos de prazer e alegria, aproveitando cada detalhe — um abraço, um banho quente, um dia frio, um dia chuvoso, uma palavra de conforto, um beijo fortuito, um sorriso sincero, uma profunda e prazerosa inspiração. A vida é uma grande aventura na qual ninguém sairá vivo!
"O luto começou antes da morte. Começou ali, no silêncio, enquanto ela deixava ir tudo o que a vida estava arrancando."
Morte
Os velhos não se preocupam com a morte;
sabem que o momento é o que importa.
Os velhos se escondem da morte,
como uma criança brincando atrás da casa…
CZERWINSKIN,Marcos.Morte.In:CZERWINSKIN, Marcos. Entre nuvens de
algodão. Porto Alegre: Besorah Brasil, 2015. p. 16.
Frase I
Poder de vida e morte
Muitos são os inimigos —
mas há um de perigo imenso:
ele se esconde na caverna dos dentes.
Ultimamente tenho pensado mais na morte do que em mim mesmo. A dor tem se tornado constante e profunda, está muito difícil de aguentar, muito mesmo!
TENHO UMA RELAÇÃO DE AFEIÇÃO
Tenho uma relação de afeição
Com a morte, ela me visita
A todo o momento, a todo o instante
Na transparente alma que me embala
Mesmo na água que inflama os sorrisos
Num mar quieto que larga as lágrimas
Da saudade em palavras, ermas quietudes
No bordado dos dedos do nosso silêncio
Criei a saudade nas folhas das árvores
E os desejos na janela dos teus olhos
Talvez tenha uma relação com a morte
De afeição que me rasga a alma ferozmente
Como um velho farrapo qualquer esquecido
Neste tempo que vai passando depressa demais
Deste amor que vou sentido e sinto de ti
A morte apenas é um outro caminho que todos temos que tomar, a cortina cinza desde mundo se enrola e tudo se transforma em vidro prata, e aí você vê, praias brancas e o além, os campos verdes longínquos sobre um belo amanhecer!
LUTO
O amor dói.
O amor dói na vida e estraçalha o coração na morte.
Mas se não doesse, seria amor?
O bom de amar, talvez seja o fato de que a dor cruel que sentimos é a maior prova de que tudo valeu a pena!
Ao partir um ente querido, um pedaço de nós parte com ele mas é a parte de nossa alma que pertencia a essa pessoa e, se dói quando arrancada, é porque realmente, como dito acima, valeu a pena!!!
O luto talvez não seja pra nos acostumarmos com a falta de quem foi embora, mas pra nos habituarmos a viver sem o pedaço de nós que foi junto. E, sabemos, não nos pertenceu. Por isso valeu a pena!
Amar alguém é entregar parte de nós a esta pessoa e, mesmo na morte e principalmente nela, sabermos que não temos direito a esta parte que entregamos por amor.
Por amar sofremos e somente por amar, é que vivemos.
O tempo é a balança na qual equilibra-se a vida e a morte, a estagnação e a mudança.
Embora enfraqueça o corpo e corroa a vontade, também acalma as dores e concede sabedoria. Ele devasta reinos, devora civilizações e mata deuses, ao passo que dá lugar a novos povos, permite a ascensão de outras culturas e cria novas maravilhas.
O passado pode ser imutável, mas seu para moldar é o presente, e, com ele, o futuro. Esqueça o que já foi ou poderia ter sido, focando no que é e no que ainda poder ser. Aceite o passado, viva no presente, e sonhe pelo futuro - por que nunca se sabe para qual lado a balança vai se inclinar.
Temos pavor da morte não porque é desconhecida, mas porque nos obriga a confrontar nossos maiores remorsos.
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