Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
A Cruz sagrada seja minha Luz
Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanás
Nunca me aconselhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo do teu veneno
AMOR MADURO
O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido colorido e poetizado. Não carece de demonstrações: Presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências significantes.
O amor maduro tem e quer problemas, sim, como tudo. Mas vive dos problemas da felicidade. Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem, o prazer. Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro. Na felicidade está o encontro de peles, o ficar com o gosto da boca e do cheiro do outro - está a compreensão antecipada, a adivinhação, o presente de valor interior, a emoção vivida em conjunto, os discursos silenciosos da percepção, o prazer de conviver, o equilíbrio de carne e de espírito.
O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu, mesmo tendo ficado para depois, vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos
antigos, jardins abandonados, cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não percebe, recebe.
Não exige, oferece.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão, basta-se com o todo do pouco. Não precisa e nem quer nada do muito. Está relacionado com a vida e por isso mesmo é incompleto, por isso é pleno em cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de ser sublime e criança. É o sol de outono: nítido, mas doce.
Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido.
Discreto, mas certo.
Nota: Trecho adaptado de um texto do autor.
Você não precisa de amigos que mudem quando você muda,nem que concordem quando você concorda. Pois, sua sombra já faz isso por você.
Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.
Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quadro círios acesos : eis a vida
Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.
Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!
Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.
Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.
Quantos conselhos a gente já deu na vida para as pessoas
mas que na prática não seríamos capazes de realizar...
Quantas vezes criticamos as pessoas por atitudes que nós também cometemos...
Vivemos muito em cima do "faça 0 q eu digo, não faça o que eu faço"!
Somos capazes de indicar o melhor caminho para qualquer pessoa,
menos acertar o nosso próprio rumo na vida...
Quando a gente fala parece tão simples e fácil as atitudes que os outros devem tomar.
mas porque quando é nós que temos que tomar estas atitudes parece tudo tão complicado e difícil às vezes até completamente impraticável...
Mas mesmo assim somos capazes de dizer para uma outra pessoa fazer exatamente aquilo e não conseguimos...
Será que somos fracos demais, ou imaginamos que o outro é que é forte e capaz ou ainda simplesmente ignoramos o fato de que nem tudo é tao simples assim..."
Não sou nenhuma inexperiente e nenhuma garotinha. Mas você me deixa desse jeito, como se tudo fosse a primeira vez.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
Nota: Trecho de "Há momentos", texto de autoria desconhecida, muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Clarice Lispector.
...MaisEntão não o ama mais? - Amo. Só guardei isso num cofre. E tranquei. E esqueci a senha. Não porque quis. Foi preciso.
O direito ao delírio
O novo milênio já está nascendo. Não dá para levar o assunto muito a sério: afinal, é o ano 2001 para os cristãos, ano 1379 para os muçulmanos, 5114 para os maias e 5762 para os judeus. O novo milênio nasce em 1º de janeiro pela obra e graça de um capricho dos senadores do Império Romano, que certo dia decidiram quebrar a tradição que ordenava celebrar o ano novo no início da primavera. E a contagem dos anos da era cristã vem de outro capricho: certo dia, o Papa de Roma decidiu marcar uma data para o nascimento de Jesus, embora ninguém saiba quando Jesus nasceu.
O tempo burla os limites que inventamos para acreditar que ele nos obedece; mas o mundo inteiro celebra e teme essa fronteira.
Um convite ao voo
Milênio vai, milênio vem, a ocasião é propícia para que os oradores de inflamado verbo discursem sobre os destinos da humanidade e para que os porta vozes da ira de Deus anunciem o fim do mundo e o aniquilamento geral, enquanto o tempo, de boca fechada, continua sua caminhada ao longo da eternidade e do mistério.
Verdade seja dita, não há quem resista: numa data assim, por arbitrária que seja, qualquer um sente a tentação de perguntar-se como será o tempo que será. E vá-se lá saber como será. Temos uma única certeza: no século 21, se ainda estivermos aqui, todos nós seremos gente do século passado e , pior ainda, do milênio passado.
Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar. Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar? Que tal delirarmos um pouquinho? Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:
O ar estará mais limpo de todo o veneno que
Não provenha dos medos humanos e das humanas paixões.
Nas ruas, os carros serão esmagados pelos cães.
As pessoas não serão dirigidas pelos carros
Nem serão programadas pelo computador.
Nem serão compradas pelos supermercados
Nem serão assistidas pela TV,
A TV deixará de ser o membro mais importante da família,
Será tratada como um ferro de passar roupa
Ou uma máquina de lavar.
Será incorporado aos códigos penais
O crime da estupidez para aqueles que a cometem
Por viver só para ter o que ganhar
Ao invés de viver simplesmente
Como canta o pássaro em saber que canta
E como brinca a criança sem saber que brinca.
Em nenhum país serão presos os jovens
Que se recusem ao serviço militar
Senão aqueles que queiram servi-lo.
Ninguém viverá para trabalhar.
Mas todos trabalharemos para viver.
Os economistas não chamarão mais
De nível de vida o nível de consumo
E nem chamarão a qualidade de vida
A quantidade de coisas.
Os cozinheiros não mais acreditarão
que as lagostas gostam de ser fervidas vivas.
Os historiadores não acreditarão que os países adoram ser invadidos.
Os políticos não acreditarão que os pobres
Se encantam em comer promessas.
A solenidade deixará de acreditar que é uma virtude,
E ninguém, ninguém levará a sério alguém que não seja capaz de rir de si mesmo.
A morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes
E nem por falecimento e nem por fortuna
Se tornará o canalha em virtuoso cavalheiro.
A comida não será uma mercadoria
Nem a comunicação um negócio
Porque a comida e a comunicação são direitos humanos.
Ninguém morrerá de fome
Porque ninguém morrerá de indigestão.
As crianças de rua não serão tratadas como se fossem lixo
Porque não existirão crianças de rua.
As crianças ricas não serão como se fossem dinheiro
Porque não haverá crianças ricas.
A educação não será privilégio daqueles que podem pagá-la
E a polícia não será a maldição daqueles que podem comprá-la
A justiça e a liberdade, irmãs siamesas
Condenadas a viver separadas
Voltarão a juntar-se, bem agarradinhas,
Costas com costas.
Na Argentina, as loucas da Praça de Mayo
Serão um exemplo de saúde mental
Porque elas se negaram a esquecer
Os tempos da amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja corrigirá
Algumas erratas das Taboas de Moisés,
E o sexto mandamento mandará festejar o corpo.
A Igreja ditará outro mandamento que Deus havia esquecido:
“Amarás a natureza, da qual fazes parte”
Serão reflorestados os desertos do mundo
E os desertos da alma
Os desesperados serão esperados
E os perdidos serão encontrados
Porque eles são os que se desesperaram por muito esperar
E eles se perderam por tanto buscar.
Seremos compatriotas e contemporâneos
De todos o que tenham
A vontade de beleza e vontade de justiça
Tenham nascido quando tenham nascido
Tenham vivido onde tenham vivido
Sem importarem nem um pouquinho
As fronteiras do mapa e do tempo.
Seremos imperfeitos
Porque a perfeição continuará sendo o aborrecido privilégios dos deuses
Mas neste mundo, trapalhão e fodido,
Seremos capazes
De viver cada dia como se fosse o primeiro
E cada noite como se fosse a última.
Não me arrependo de nada. Mas, de vez em quando, passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente".
Não sei com que palavras vou agradecer a Deus, o presente mais bonito que Ele já me deu. Todo mundo sabe, não dá pra esconder, é só olhar pra mim, que vão ver você!
NÃO BASTA SER NAMORADO!
Era uma vez um homem que tinha uma floricultura, e alguém que viva por entre flores, só podia entender muito de amor.
Verdade, ele entendia!
Tinha histórias muito interessantes para contar.
Mas de todas as histórias que ele contava, tinha uma especial, que nós nunca nos esquecemos...
Vou contá-la para vocês exatamente como ele contava!
-“O amor não precisa ser dito, ele é sentido; e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma formas reais, deixa de ser abstrato.”
Naquela ocasião, pouco podíamos entender tais palavras, mas mesmo assim, dava vontade de ver o amor com nossos próprios olhos... E uma curiosidade de saber se ele era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade...
Bem... Mas vamos á história.
Era um dia dos namorados, quando um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe:
— Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores.
— E que tipo de flores você quer?
Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí.
— Está certo. Então tome o cartãozinho para você escrever.
— Não tem necessidade, é para minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu.
— Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria.
— Não posso, estou com muita pressa!
— Vou levar meu caro para lavar.
Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... Mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando...
“Coitada dessa moça!”
Algumas horas depois, um outro rapaz entrou em sua loja.
— Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém.
— Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura.
— Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha?
— Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão, porque tenho certeza que o senhor entender bem disso.
— Será um prazer! É sua namorada, não?
— Não senhor... ainda não... mas isso não e importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela.
— Muito bem, concordo com você.
— Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha? Afinal, nosso amor ainda não floresceu.
— Muito bem pensado!
Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, assim como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor...
— Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto eu escrevo o cartão:
— Meu amor, estou lhe mandando esse botão de rosa juntamente com meu carinho. A mim, não importa que você não me ame, porque apesar do meu amor ser solitário ele é verdadeiro e sendo verdadeiro, confio que um dia poderá viver acompanhado do seu.
Não tenho pressa, amor de verdade não tem pressa, amor de verdade não escraviza, nem exige, apenas se importa em doar. Um feliz dia dos namorados ao lado de quem você amar. Um beijo!
— Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe:
— Leia por favor e me dê a sua opinião.
— Perfeito, gostei muito; só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu de assiná-lo.
— Não esqueci, não... È que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu. Nesse momento eu só pretendo que ela sinta que eu existo.
O senhor sorriu e disse-lhe:
— Muito bem, meu filho, torço por você!
Passaram-se os dias, meses e um novo dia dos namorados chegou...
Por aquelas coincidências da vida, novamente o primeiro rapaz voltou a loja, e disse:
— Bom dia, senhor, lembra de mim?
— Lembro, sim, e então, como vai o namoro?
— Ih.. o senhor nem imagina!
— Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra.
— Mas ela não lhe deu nenhuma explicação?
— Ah! deu sim... uma explicação que não entendi. Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa. O senhor entende, não é? Bobagens de mulher.
Entendo sim... Quem não entendeu foi você!
MORAL DA HISTÓRIA
Não adianta um casal apenas sorrir juntos;
Eles precisam sorrir das mesmas coisas.
Não adianta apenas caminhar juntos;
Tem que ser na mesma direção.
Não adianta apenas mandar flores;
É crucial que elas cheguem ao seu destino com perfume.
Não adianta se fazer presente apenas de corpo;
É de suma importância que a alma e o coração estejam presentes também.
NÃO BASTA SER NAMORADO É PRECISO ESTAR ENAMORADO!
Uma atitude saudável é contagiosa, mas não espere para contagiar-se através dos outros. Seja um portador.
