Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
Não sei se eu saberia tanto sobre felicidade se eu tivesse perdido a simplicidade, o amor, o caráter e a fé.
Se algum dia encontrar alguém que me entenda apesar de eu mesma não me entender, poderei arriscar dizer que em fim achei a minha outra metade.
Me tornei algo que só Deus sabe, e eu não faço questão de descobrir, porque é melhor assim. Continuei parada e fui olhando cada espaço que há do meu corpo, meus braços magros, com alguns músculos salientes – faço academia ainda – E minha cor quase transparente, há séculos que eu não sei o que é ficar bronzeada, e não faço questão alguma disso. Tentei pensar que tudo estava bem e que já havia superado essa coisa interminável que há dentro de mim. Não consigo controlar. Quando dou por mim, estou sozinha, em desespero, pedindo para que tudo acabe rapidamente.
Lucas: Eu não paro de pensar em você. É sério, não estou nem me entendendo.
Jade: Eu também… Toda hora você vem na minha cabeça. Acho que porque você é brasileiro, parece mais comigo do que o pessoal da minha família. Perto de você eu me sinto perto de casa.
Lucas: Só por causa disso?
Jade: Ou porque eu te conheço a muito tempo… De uma outra vida quem sabe…
Lucas: Você acredita que a gente viva várias vidas?
Jade: Eu tenho certeza! E você?
Lucas: Nunca parei para pensar nisso, mas… Agora, conhecendo você, eu acho que pode ser verdade. É engraçado o que acontece comigo… Eu… Lembro de você. Não aqui na minha cabeça, mas meu coração lembra de você.
Jade: Eu sei, o meu também.
Quando choro e dói muito eu começo a rir, quando estou chorando e sofrendo eu não entendo. Choro por amor choro por desespero mas toda vez rio de agonia porque meu coração sofre com tudo mesmo sendo um amor sereno.
Eu fumo meu beque sim, e não ligo pra o que a sociedade vai dizer. Pelo menos estou em paz comigo mesma.
O que eu sou? Sou uma espécie que ainda não descobriram, sou uma coisa estragada, dissolvida , podre, sou uma suicida sem coragem nenhuma, sou uma reportagem antiga, sou um cd riscado, sou um livro em uma estante que passa despercebido por todo mundo. Sou uma fúria evoluída, sou um nada. Que nada dramático, possuidor de verbos, possuidor de bebidas, cigarros, e todo o resto…Passageira, depravada, revoltada, mau tratada, e amante, amada nunca, talvez ilusória, ou paralela demais, ativa, mau criada… Eu era a espécie menos evoluída, apenas minha raiva crescia aqui e dentro, apenas isso, só isso.
Eu não sou uma grande pessoa! Albert Einstein é que era uma grande pessoa! Eu apenas bebo, jogo e transo, mas sou bom nos três!
"Desculpa. Eu te magoei, não fui o melhor pra você. Mais eu sempre fui quem eu sou, nunca fingi. Talvez um pouco frívola, nunca fui romântica, e muito menos de demonstrar muito amor. Mais você se engana se pensa que nunca o amei, amei e amo. Até hoje lembro-me de todos os dias que passava-mos juntos, você se dava bem com minha familia, e eu com a sua. Mais tudo isso ficou para traz, podia-mos ser, malucos, bobos e completamente apaixonados. Mais não, escolhemos ser: ”separados, impedidos, e amassados. Escondendo um do outro o seu verdadeiro desejo, é, nós dois, eu e você, nós nos desejamos a cada dia mais”
Eu tentei despistar o amor.
Me disfarcei, coloquei peruca, bigode – fiquei perua.
Mas não dá – o amor segue.
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