Fazer
Todo dia é dia de pedir mais
A gente podia ser mais tolerante um com o outro. Fazer uma corrente do bem, dos bons pensamentos, da sinceridade, da tribo do romance e da delicadeza. E pedir mais. Muito mais. Mais amor. Mais gente fina, elegante e sincera. Mais contas pagas. Mais unhas fortes. Mais bunda lisinha. Mais coxas firmes. Mais beijos na bochecha, na testa e na boca. Mais beijos de língua. Mais beijos de cinema. Mais gente que cuida da própria vida. Mais liquidação.
Mais bom dia, boa tarde e boa noite. Mais educação. Mais com licença, de nada, me desculpa, obrigada, por favor. Mais livros. E mais leitores. Mais cheirinho de casa limpa e roupa nova. Mais feriado. Mais dias de sol e vento no rosto. Mais outono e primavera. Mais namoro. Mais mãos dadas. Mais abraços acolhedores. Mais conforto. Mais carinho nas costas. Mais massagem nos pés.
Mais dinheiro achado no bolso da calça. Mais água de coco e espumante geladinhos. Mais Pringles e Doritos. Mais shampoo que deixa o cabelo brilhoso. Mais segurança. Mais ar-condicionado. Mais saúde para dar, vender e emprestar. Mais cama boa para deitar. Mais banhos de banheira com espuma. Mais rímel que não borra. Mais calça que não aperta. Mais sapato que não machuca.
Mais soninho depois do almoço. Mais pôr-do-sol. Mais lambida de cachorro. Mais conversa para resolver os problemas. Mais respeito de telemarketing. Mais respeito no trânsito. Mais respeito no condomínio. Mais respeito na fila do banco. Mais respeito. E ponto.
Mais amor ao falar. Mais paciência ao ouvir. Mais cautela ao lidar. Mais roupa bonita no closet. Mais amigos de verdade. Mais sorrisos de verdade. Mais amores de verdade. Mais verdade. E só.
Mais programa bom na televisão. Mais pessoas de boa índole. Mais atenção nas pequenas coisas. Mais decência ao se vestir. Mais silêncio no cinema. Mais condições em hospitais e escolas. Mais noção na cabeça de presidente, governador, prefeito, deputado e vereador. Mais gente ajudando pessoas e bichos. Mais punição para quem faz o mal. Mais chances para quem se mata de tanto trabalhar. Mais criança na escola. Mais pais conscientes. Mais gente que bebe e pega táxi.
Mais amor próprio. Porque antes de amar qualquer coisa ou pessoa você tem que amar você mesmo primeiro.
Porque nunca obteve sucesso naquilo que era convencional,
colocou-se a tentar fazer o impossível
- e conseguiu.
O que esperar do amor?
Em tempos de amores instantâneos, é preciso fazer uma análise do que realmente é amor, pois há uma grande confusão no ar, e pessoas acabam se machucando muito nos relacionamentos pois esperam demais do próximo e acabam se frustrando.
Quero saber a sua opinião sobre a afirmação do escritor Saint-Exupéry (O Pequeno Príncipe) falando da confusão que fazem do amor.
“Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores
sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz
sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse é que
faz sofrer. (…) Eu sei assim reconhecer aquele que ama
verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor
verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.”
Antoine de Saint-Exupéry
Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
Então, admitiu o medo. E admitindo o medo permitia-se uma grande liberdade: sim, podia fazer qualquer coisa, o próximo gesto teria o medo dentro dele e portanto seria um gesto inseguro, não precisava temer, pois antes de fazê-lo já se sabia temendo-o, já se sabia perdendo-se dentro dele finalmente, podia partir para qualquer coisa, porque de qualquer maneira estaria perdido dentro dela.
“Nunca deixem ninguém dizer pra vocês o que vocês tem que fazer. Assim, do sentido de que se vcs acreditam numa coisa e vcs acreditam nessa coisa de coração, e se vocês sabem que é uma coisa importante pra vocês e que não vai machucar ninguém, vão em frente e façam.”
O poeta é sempre um bárbaro que, por maior instrução que possua, insiste em fazer filosofia com o coração...
Sejamos o que queremos ser, porque possuímos apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer o que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz...
Nota: Trecho de "Há momentos", texto de autoria desconhecida, muitas vezes atribuído, de forma errônea, a Clarice Lispector.
...Mais(…) Pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor.
Essas coisas que decidimos fazer ou nos tornar quando algo que supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo.
Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?
Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.
Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria...
Ah, com que esmola a aquecerei?...
E sofrerás muito quando resolveres dizer só aquilo que pensas e fazer só aquilo que gostas. Aí sim, todos te virarão as costas e te acharão mal por não quereres entrar na ciranda deles, compreendes?
Queria dizer um monte de coisa, fazer perguntas, te entender, me entender, nos entender juntos como sempre nos entendemos, mas não há nada a ser dito, não há resposta a ser procurada, já que a melhor resposta será o silêncio no tempo.
trecho de "A melhor coisa que você pode fazer por um filho é ter outro"
"Firme e piadista por fora…mas assustadíssima e carentíssima por dentro."
Tinha vontade de fazer um embrulho de mim, com papel de seda, lacinho de fita, e mandá-lo pra você. Aceita?
Eu escrevo para fazer existir e para existir-me. Desde criança procuro o sopro da palavra que dá vida aos sussurros.
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