Faz de Conta Qu eu Acredito
Dediquei a minha vida a fazer a vida dos outros um pouquinho mais alegre. Talvez eu devesse contabilizar o meu patrimônio em sorrisos.
Eu roubo o primeiro beijo,
imploro o segundo,
exijo o terceiro,
recebo o quarto,
aceito o quinto,
e correspondo,
com amor e carinhos os restantes.
Acabou... Boa sorte... Não tenho o que dizer... Eu já te amei, mas você não deu valor pra isso... Agora acabou, estou com outro e não te quero, mas... Vá, siga sua vida... Vá em frente, você um dia vai achar alguém também pra compartilhar sua vida com essa pessoa... Porque nossas ruas não se cruzam nunca mais...
Sou...
Eu sou a sombra de alguém que eu nao reconheço
dentro da pessoa que dizem que eu sou.
Sou o silêncio no meio de palavras não compreen-
didas...
Sou a diferença no meio te tantas coisas iguais.
Sou a imagem de alguém dentro de um espelho que
não há reflexo!
Sou a mulher dentro de uma garota.
Sou eu quem não sabe amar?! Ou é em meio de tanta
solidão vivida pelos outros que eu aprendi a esquecer!?
Eu não sou devoto de nenhuma grife. Eu não professo a minha fé no altar das aparências. Eu sei que me falta brilho e glamour, mas será que um traje criado por algum guru da alta costura teria o poder de suprir as minhas carências? Já ouvi dizer que alguns pedacinhos de pano recobrindo estrategicamente a pele, têm o poder de elevar a auto-estima de pessoas vazias de si mesmas. Só o jeitinho particular de cada um não basta, é preciso uma fantasia feita sob medida para que as pessoas possam disfarçar suas imperfeições, tapear olhares e se sentirem as mais especiais no meio da multidão.
Sou um estúpido que não sabe diferenciar um item de boutique de um adereço hippie confeccionado na beira da calçada. Quando ouço falar em Victor Hugo, penso logo naquele cara que dizia que “Não há nada como um sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”. Pois é... Eu também não sei quem foi Louis Vuitton, Dior, Calvin Klein, Hugo Boss; Gucci, Versace, Armani, Chanel e muito menos o que eles pensavam a respeito da vida. Sou apenas um boêmio ignorante e um poeta démodé totalmente ofuscado pelas palavras costuradas pela minha caneta.
Sei que eu deveria aprender um pouco mais sobre as últimas tendências da moda, mas eu sou tão distraído pra essas coisas, e o modismo é uma febre tão passageira que, quando eu penso que um determinado figurino está no auge, na verdade, já virou cafonice há muito tempo. A moda faz de mim um eterno prisioneiro do passado e o meu armário é um museu cujo acervo é incapaz de despertar a inveja dos meus semelhantes.
Sou um tipo assaz desinteressante, a ponto de nem ter que me preocupar em tirar as minhas máscaras toda vez que eu volto pra casa. A minha cara é ter a mesma cara todos os dias. Temo que para ser notado seja necessário que eu me transforme numa vitrine viva, mas a passarela da minha vida é bucólica demais, e apenas se resume na rotineira alternância dos dias se vestindo de noite e das noites se despindo sob a luz do dia. Talvez eu devesse conhecer mais a fundo a alma dessas grifes e marcas por detrás das quais as pessoas se escondem para se sentirem mais seguras de si, mas o que pode valorizar mais a existência de um homem: a marca da sua roupa ou o legado das suas idéias? Não sei... Eu nunca tive etiquetas informando do que é feito o meu coração.
Não existe um logotipo capaz de definir melhor a pessoa que sou do que as minhas próprias atitudes. Eu sou assim, como me vêem. Sou um símbolo de mim mesmo e defendo sem hipocrisia as cores que eu escolhi, e não as que querem me vender. Eu não gosto de expor a minha figura ridícula antes do último gole, mas adoro mostrar ao mundo tudo aquilo que eu gostaria de ter sonhado durante as minhas solitárias noites de insônia. Adoro medir as consequências dos meus atos, planejar os meus passos, me colocar no lugar dos outros e não me acomodar com aquilo que me incomoda. Para mim, calar-me diante de qualquer injustiça é como andar nu – me dá vergonha.
Reconheço que me falta panca na hora de fazer pose para o mundo. Mas o que eu posso fazer se eu nem sei no que os deuses da moda querem que eu me transforme para que eu possa atrair mais atenções? Será que nos livros que eu leio eu vou conseguir encontrar respostas que me façam compreender o que as pessoas pensam a meu respeito? Creio que não. De certo eu serei estigmatizado para sempre como um reles artigo de promoção.
Mas esse é o meu jeito: simples assim, raso jamais. Muitos dirão que eu não tenho estilo e nem charme, mas quero deixar bem claro que tudo que existe de mais fashion em mim, só quem faz parte da minha vida é capaz de enxergar. Este é o meu jeito de me mostrar ao mundo, e nada em mim é feito de retalhos. E se eu tenho alguma beleza que valha a pena ser exaltada, ela estará escondida muito além das roupas que eu visto e poderá ser encontrada aqui: desfilando faceira bem no fundo de mim.
Ontem, tal qual um carcereiro, dei água a todas as plantas aprisionadas nos vasos, não foi eu quem as prendeu, mas fui eu que não tive coragem de libertá-las.
"Papai"
Logo que apareceu aquela figura
vinda do horizonte como um sol a nascer
eu comecei a acreditar no fim ou no começo de tudo.
Um brilho metálico nos olhos.
Uma carícia especial pelas mãos.
Um sorriso de verdade.
Uma pressa calma.
Um colorido imenso.
Uma palavra sólida.
Aos poucos ele se ia, entre raios, ventos e nuvens.
E deixava um rastro.
Um perfume.
Um exemplo.
Um desejo.
Uma vitória.
Uma saudade...
Todo o invisível por mim é visto!Tudo que é escuro eu enxergo, quanto mais pesado eu carrego, mas com tudo isso mim falta força para viver sem você.
Bem verdade que eu ajo hoje, e me escondo para ler livros de psicologia, ouvir músicas poéticas e ficar sozinha; e amanhã volto com uma super-inovada-nova-solução para o nosso caso de amor dilacerante e pragmático. Talvez por isso, as fugas, e voltas, as idéias mudadas, o sentimento quase o mesmo e os princípios no lugar. E você disse que era inesperado, que tudo ainda estava se arrumando, consertando, e do nada cortei o fio que nos ligava, cordão umbilical desse relacionamento.
Às vezes eu penso comigo mesmo... Se eu nunca tivesse te conhecido, eu nunca seria capaz de me sentir tão feliz por passar meus normais desta forma.
Certo, muitas ilusões dançaram. Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas.
Eu acho que a beleza dessa vida está na imperfeição que ela possui. Se todos os dias o sol viesse nos iluminar iríamos deixar de observar o quanto os outros nos iluminam. Se sempre soubéssemos o caminho, jamais iríamos nos perder sendo assim jamais iríamos nos encontrar. Se toda vez que a gente falasse fosse corretamente, não daríamos risadas das confusões verbais. Se fosse todo mundo dentro dos padrões, seríamos todos iguais e não enxergaríamos a beleza da diferença. Se nunca faltasse nada em nossa vida, não aprenderíamos a dar valor a tudo aquilo que a vida nos proporciona. Se não houvesse dificuldade, não aprenderíamos a ter fé. Se a gente nunca se desliga um pouco das coisas, não passaríamos por momentos tão deliciosos. Se não houvesse as mudanças, jamais teríamos uma personalidade própria. Se amadurecemos rápido demais, perderíamos a graça da infância e da juventude. Se não tivéssemos inimigos, não aprenderíamos a ser cautelosos. Se ninguém contasse uma piada, poderíamos esquecer de rir. Se não tivesse música, não saberíamos dançar. Se fossemos sérios o tempo todo, não iríamos ter histórias divertidas ou micos pra contar. Se a gente ficasse querendo fazer tudo perfeito, não iria tirar nada da vida. Se a gente aprender a olhar pelo lado positivo, nunca vai ser ruim ter que viver. É só parar de buscar a perfeição e se permitir viver, só aí não vamos ter do que se arrepender.
Quero ter você
Custe o que custar
Eu vou ter você
Vou te conquistar
Penso em você
Acho que vou pirar
Tento me conter
Mais não vai dar
Quero em você
O teu abraço
Tudo em você
É embaçado
O seus cabelos encaracolados
Você ao meu lado
Eu nunca mais te largo
Saiba que eu sinto muito, mas, por favor, não fique bravo comigo por desabafar sobre tudo isto. A história foi tudo o que você me deixou.
Minha vida é como um labirinto, eu acho continuamente que saí, apenas para encontrar outro corredor bem na minha frente.
