Faz de Conta Qu eu Acredito
Eu amo!
Como um louco eu amo.
Não espero retribuição, apenas o encanto de saber que amo acima de minha existência, acima de todas as coisas, a entregar a minha vida por este amor.
Eu amo e não desisto do meu amor!
Eu sou uma gota de orvalho, uma lágrima caída..., um sentimento perdido..., um pedaço de vida... da história, sou uma palavra ainda por inventar, eu ....
Houve um tempo que o relógio parou; tudo parou.
Houve um tempo que a bomba pulsou; pulsou como nunca antes.
Vez por outra, nesse tempo, o ponteiro dos segundos girava em sentido anti-horário como se fosse o ponteiro das horas.
Odiava! Queria execrar o tempo.
Aos poucos, tudo fez sentido. O ponteiro dos segundos começou a acompanhar o movimento do sol.
Não sabia qual energia foi usada neste tempo, neste relógio. De uma coisa eu sabia: me surpreendeu!
Hoje, volto a viver esta energia. Intransponível. Incrível. Vejo-me no tempo. No relógio. Vivo a estação que um dia pensei não viver mais. Reencontro-a. Porém, perco-me.
Onde estarás? Outrora, encontrar-se-ia no relógio, no esguicho de sentimentos pulsionados pela bomba propulsora. Esse tempo, perdeu-se no horizonte com as luzes do sol em um lindo poente. E o nascente está aí para provar que ele pode renascer e trazer a à tona tudo de volta...
Cadê tu? Encontro-te no horizonte, nesta estação, no ponteiro do segundo que novamente começou a funcionar. Está girando em sentido anti-horário. Mais uma vez, só para variar.
Prometo que desta vez será diferente. Sim. Será diferente. Você não só virará poema como também não será só mais uma linda e única estação.
Serei o tempo. O relógio. O ponteiro dos segundos. Simplesmente, serei. A energia que transcendeu. A estação que floresceu. O grito que emudeceu. O sentimento que nunca morreu. Serei eu.
Eu só sei te amar
Fiquei anos te observando
Brinquei, você sorriu!
Mandei beijos, você sorriu!
E me declarei, você sorriu!
Uma hora você vai enxergar
Os meus sentimentos
Irá parar de sorrir,
Mas sim chorar!
Mas o tempo é rápido,
Não irá voltar,
Mas nunca vou te esquecer
Já estou com saudades
Saudades de estar perto de você
Saudades de te olhar
Saudades de te abraçar!
São tantas coisas pra te dizer
Mas resumido:
Eu só sei te amar!
Sou poeta mas não por vocação, sim por amor as palavras, as palavras que me confortam, quando tenho medo, amo, odeio ou sinto grande esperança, e estes versos eu dedico a mim mesmo, porque? Por que minguem vai lê-los, ninguém vai sentir os sentimentos que eu sentiam no exato momento que o escrevia, pois não vale a pena o tempo perdido para lê-lo, todas estas besteiras, os sentimentos que são apenas meus, que apenas eu sou dono e que não quero que ninguém a mais saiba deles, pois são meus e apenas meus serão eternamente.
Se for para sofrer sofrerei sozinho, se for para sorrir, me alegrarei sozinho, como minhas piadas que apenas eu entendo, se for para amar amarei a mim mesmo, porque só um louco pode amar um louco eu.
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!
Eu nunca perdir VC
Eu nunca perdir VC, pois vc nunca me amou de verdade. Vc não fazia questão de estar do meu lado, vc não se importava com nosso relacionamento, vc não ligava para a felicidade que deve haver num lar.
Boba fui eu que acreditei que passaria a vida inteira com alguém...
Mas Você me perdeu e fez questao que isso acontecesse.
ERMA
Hoje, a vida me fez um convite. Sinceramente, não esperava! Me pegou de surpresa. Ainda estou tentando digerir os pensamentos que ecoaram em minha mente só em imaginar como será a realização daquilo que me convidaram a fazer. Fui convidado para ser jardineiro, adubar a terra que carrega consigo uma surpresa diferente em cada pétala que brota. Esse encontro aconteceu num belo jardim cheio de flores. Seria até redundância da minha parte em falar que esse jardim tem flores, porém, apesar de existir flores, cada uma carrega consigo outro jardim. E foi este jardim que fui convidado a conhecer que, por algum momento, ervas daninha tentaram destruir. Avistei várias flores, algumas em botão, outras irradiantes para o astro rei, algumas precisavam ser cuidadas, irrigadas, adubadas, colocadas para receber a luz do sol... Amei vê o florescer de cada uma: dos lírios às orquídeas, das rosas aos cravos, do girassol ao dente-de-leão. Elas estavam nas sombras da vida, mas quando as coloquei na luz da esperança, puderam exalar sua verdadeira beleza. Ao entardecer, me via entre as pétalas de cada flor e me deparo com as suas essências, seus pólens, as suas estruturas. Só então me dei conta que o convite inicial era para o cultivo do jardim que há em mim. Agora percebo o quão florido és e que posso cultivar e colher qualquer flor que eu desejar. Das flores que cultivo, transbordo de pétalas as veredas deste lindo e imenso jardim que faço morada. O encontro aconteceu num jardim, através de uma flor pude perceber. O encontro aconteceu em mim, através do meu eu pude florescer.
Amor, substantivo abstrato.
Dois, numeral.
Pessoas, plural.
Planos, sujeito indeterminado.
Sentimentos, singular.
Nós, sujeito oculto.
Eu, metáfora.
[...]
Eu, sou o que sou, sou uma frase, uma palavra, um raio de sol, uma leve brisa, ou uma gota de orvalho… Sou o que sou, eu sigo o meu próprio caminho, eu sou aquele que erra, eu sou aquele que faz amor sem preconceito, eu…, sou o que sou…
Ha se eu pudesse
Há se eu pudesse apagar apenas algumas cenas do meu passado.
Há se eu pudesse escrever uma nova história do que já se foi.
Há se eu pudesse ter sido menos duro comigo mesmo e mais flexível com os outros. Há se eu pudesse.
Já que eu não posso mudar o passado. Quero escrever uma nova história para o amanhã.
Já que não posso apagar as cenas que já se foi quero criar um novo cenário.
Já que não posso apagar as vezes que me cobrei vou buscar ser diferente naquilo que pretendo fazer.
