Faz de Conta Qu eu Acredito
Eu não imagino uma vida que não seja assim,
Onde eu e você estejamos simplesmente juntos, assim eu e você.
Pois eu e você juntos, somos o um perfeito, o um que é capaz de se dividir em muitos eus e complementar muitos.
O meu eu junto ao seu eu, é assim, a simplicidade da alegria de um dia de sol que aquece o coração e ilumina a direção do amanhã sem medo.
Pois o privilégio de viver no calor do seu amor, já torna a vida um milagre diário!
E ai eu durmo e acordo e elas estão lá iguaizinhas....
elas... as Preocupações, os eu Preciso...
E o que eu penso... continuem me esperando...
fui viver!
Você vai ou você volta e tudo sempre está no mesmo lugar.
Eu até quero mudar, mas não te deixar partir.
Por que você sem mim, eu sem você.
É tirar as lentes coloridas da vida, é como viver sem sentir.
De repente eu poderia estar em qualquer lugar.
Mas não há nenhum lugar que eu deseje estar.
Eu só preciso continuar assim, imersa em mim.
Olhando atentamente pela janela do meu quarto, da minha vida, da minha alma.
E assim como vejo as folhas lá fora caírem e tocarem o chão.
Sinto dentro de mim o significado das muitas respostas que venho tentando ignorar, me tocarem.
Assim como a folha cai graciosamente sem pressa, vejo as peças dentro de mim se encontrando.
E a única coisa que sei é que devo continuar assim, aqui, me refazendo em mim.
Esses dias atrás eu achei que tudo estava certo.
Mas, de repente como é próprio da vida, surpresas ...
Quando dei por mim, parecia ter saído de dentro de um tsunami.
Sem saber o que havia sido levado ou o que havia ficado.
Logo percebi o vazio, principalmente em mim.
Quando me vi já estava trocando as fotos dos porta-retratos.
Fiquei triste, chorei, quis buscar o que me havia sido tirado.
Então percebi, que o principal havia ficado: Eu.
Não foi fácil, mas reconheci que já havia entrado e saído dessa onda inúmeras vezes.
Na verdade, eu sempre fazia isso, me jogava ao mar acreditando que precisava encontrar o que, ou quem me faltava.
Quanto engano, quanto tempo.
Foi aí que fiquei em terra firme e decidi mudar.
Decidi começar a construir castelos em mim.
Decidi procurar um outro amor.
Então, descobri um amor que valia a pena, descobri um amor que nunca iria me abandonar.
O amor por mim mesma.
Eu amava assim, assim como o pequeno príncipe amava sua rosa... mas o problema é que nem todas as rosas querem ser verdadeiramente amadas...
Muitas rosas não entendem o que é ser única.
Acreditam ser apenas mais uma entre as outras num jardim.
Não havia nada, não há nada...
Mas eu nunca quis tanto que algo pudesse existir.Não havia nada, não há nada...
Mas eu nunca quis tanto que algo pudesse existir.
Eu te amo assim.
Desse meu jeito, desse meu jeito que confia.
Que mesmo com tropeços e desencontros, acredita.
Que nosso felizes para sempre é questão de tempo, por que eu sei.
Eu sei que sou sua pessoa e você a minha pessoa.
E que lógico, só seremos felizes juntos.
A verdade é que eu poderia começar e recomeçar mil histórias.
É verdade que muitas poderiam dar certo.
O problema é que eu nunca iria querer nenhuma delas de verdade.
Por que para mim de verdade só há uma história: A nossa.
Sabe quando literalmente você chega a uma conclusão.
Pois bem eu cheguei ...
Não falta acontecer mais nada...
Ou melhor tomara que não aconteça mais nada...
Sabe quando você caminha sem que seus pés toquem o chão.
Eu já senti isso, eu já me senti amada a cada vez que fui beijada.
Já me senti a mulher perfeita a cada vez que senti seus olhos.
Eu vivi a paixão, o sorriso bobo que não se contém.
Vivi o amor, aquele que faz você se sentir o tempo todo abraçado, protegido, abençoado.
Por tudo isso eu conheci a alegria, eu conheci a felicidade, por que fui tão completa que não desejei mais nada da vida além de poder agradecer.
Quis a vida, que tudo mudasse, que todos esses sentimentos se tornassem opostos e por ter chegado tão alto, fosse preciso descer muito baixo, me despedindo de cada um.
Então eu só desejei pedir, pedir que o tempo voltasse, que a vida novamente mudasse, e uma nova chance existisse.
Nada nunca mudou.
Eu nunca mais fui tão feliz, mas também nunca mais fui tão infeliz.
Talvez eu tenha aprendido a fracionar aquela alegria, talvez eu tenha aprendido a reviver a felicidade com o que ela havia me ensinado.
Eu sempre tive essa consciência, de que nada era para sempre, talvez até demais. Então já via todas as felicidades como efêmeras, com prazo e data de validade.
Meus amores nunca deram certo, nunca acreditei em nenhum deles. Se estava feliz achava que não os merecia, se não eram plenamente perfeitos achava que não mereciam uma chance.
É difícil perceber e admitir que se jogou sempre tudo fora por medo, medo do que iria acontecer e que se fazia isso acreditando agir por sensatez, coragem e inteligência.
Eu tive tantas paixões, talvez mais do que possa lembrar.
Se todas eram reais? Lógico.
Por que em cada uma eu achava um pedacinho de mim, eram espelhos do que não conseguia ver em mim.
O problema é que quanto mais eu me descobria, mais eu me perdia, por que cada qual quando partia levava o meu pedacinho com ela.
Eu achava que nunca poderia ficar sozinha, com tantos pedacinhos perdidos
Hoje eu tenho certeza de que nunca poderei estar ao lado de ninguém enquanto não conhecer cada um dos meus pedacinhos.
Eu já vivi tantas coisa que deram errado.
Já me levantei depois de tantas perdas e decepções, que hoje não sei como consegui.
Na verdade foi tanta dor que me desliguei do mundo, passei a não esperar mais, a não sentir mais.
E não importa por quantos caminhos eu passe ou tenha que passar eu vou encontrar o meu.
Cada dia, cada lembrança, valeu a pena se doeu ou não, tudo foi aprendizado.
Tudo me fez mais forte, tudo faz parte do que sou hoje e se até hoje ainda não descobri para onde devo ir, acredite.
É por que nada até hoje foi capaz de me deslumbrar e fazer meu coração parar.
Eu sempre achei que escreveria minha história, colecionei diários que um dia queimei.
Na faculdade achei que escreveria uma teoria, mal acabei o TCC.
No final acho que vou acabar com a coleção de pensamentos de chuveiro.
É engraçado, eu ouço a música e lembro de você no nosso primeiro encontro há tantos anos.
Você fazendo tudo perfeito, e eu tentando estar ali com você, mas até hoje sinto o vazio.
Nada ia adiantar, eu amava outra pessoa e enquanto tudo ali parecia um sonho, no meu peito tinha um buraco.
Ninguém manda no coração, e o meu com certeza devia estar ao lado da pessoa que ele amava, aonde naquele momento nunca vou saber o lugar.
Nossa história deveria ser passado, o tempo passou, mas eu a trouxe comigo.
Trouxe e não sabia.
Só a percebi diante da simples possibilidade de reencontra-lo.
Vendo a iminência de um desastre onde tudo parecia seguro.
Se nossa história valeu a pena?
Sem você eu não saberia tudo que sei sobre mim, coisas tão boas que às vezes me esqueço, coisas que você me ensinou a ver.
E quanto a você, você foi a melhor festa que fui, a sobremesa que nunca encontrei igual, a pimenta mais ardida que mordi.
#paulamanfredo
