Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade

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⁠Aquele que vai pra Guerra ou pra "Disney", não volta!

⁠Primeiramente faça silêncio.
Depois, faça tudo em silêncio!

⁠Amizade verdadeira, tem sovaco molhado no ombro!

⁠Não saberia dizer qual o meu maior sonho.
Mas você foi o mais próximo que cheguei desse sonho!

⁠Tem boca que fala bonito,
Tem boca que beija bem.
Tudo junto, é raro...
Mas porque tens,
Me cala fundo!!

⁠Sem sapatos,
não se pode dar
Lições de vida.

⁠Órion

A primeira namorada, tão alta
Que o beijo não alcançava,
O pescoço não alcançava,
Nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobrado.

O ano passado

O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos são encontros passados.

As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.

Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.

E será sempre assim daqui por diante.
Não consigo evacuar
o ano passado.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia Completa, Rio de Janeiro: Nova. Aguilar, 2002.

⁠Você pode sim, ter uma opinião sobre mim.
Só não me fale, a menos que eu peça.

Até a cor do arrependimento desbota com o tempo.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

Há uma hora propícia ao arrependimento: a da morte, quando já não é possível nos arrependermos dele.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

A obra de arte é o resultado feliz de uma angústia contínua.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

O artista plástico violenta a realidade para melhor ou para pior; é um terrorista bem ou malsucedido.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

A idade nos traz algumas rugas, olhar embaçado e sinais de cansaço, mas em compensação, a sabedoria aliada ao conhecimento, nos proporciona um outro tipo de emoção, o amadurecimento pela vivência, algo que é superior à estas marcas secundárias, pois o que antes me incomodava, hoje é apenas um detalhe, algo irrelevante, que não agrega e não faz falta, é o seguir adiante, uma paz interior, é exatamente o que estou sentindo neste instante..

Existem pessoas que vêm ao mundo somente para dar exemplos de superação, para nos ensinar a dar valor ao que temos e ao que somos, por isso vão embora tão cedo, a missão do ensinamento é rápida, mas o fruto e o impacto de sua presença é eterna!

"Muitas coisas se dizem, que não deviam ser ditas; muitas outras se calam, que não mereciam calar-se.
As palavras são as mesmas, em um e outro caso; só a conveniência delas, na circunstância, é que varia.
E na variação, fica o dito por não dito.
A menos que o convicto (ou o teimoso) diga: “Digo e repito”.

(Carlos Drummond de Andrade, no livro “Os dias lindos”. São Paulo: Companhia das Letras, 2013)

O dia dos Namorados
para mim é todo dia.
Não tenho dias marcados
para te amar noite e dia.

O dia 12 de junho,
como qualquer outro, diz
(e disso dou testemunho)
que contigo sou feliz.

Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos.

Carlos Drummond de Andrade
Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Nota: Trecho do poema O operário no mar.

...Mais
Inserida por LEONARDOPAIVA

Das mil maneiras de amar, ó pais, a secreta é mais ardilosa

Inserida por rodrigo77

Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.

Inserida por rodkalenninfe

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