Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade
Cerca de 180561 frases e pensamentos: Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade
Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.
A pobreza não tem bagagem, por isso marcha livre e escuteira na viagem da vida humana.
Os velhos doidos são mais doidos do que os novos.
Ainda é mais fácil avaliar o espírito de um homem pelas suas perguntas do que pelas suas respostas.
Duque de Lévis
Maximes et réflections sur différents sujets de morale et de politique
A maledicência pode muitas vezes corrigir-nos, a lisonja quase sempre nos corrompe.
Podemos estrangular os clamores, mas como vingarmo-nos do silêncio?.
Ninguém se conhece tão bem como aquele que mais desconfia de si próprio.
O luxo, assim como o fogo, tanto brilha quanto consome.
Há duas coisas que não se perdoam entre os partidos políticos: a neutralidade e a apostasia.
Lamentamos sempre aquilo que damos aos maus.
Beleza, presente de um dia que o Céu nos oferece.
Condenamos por ignorantes as gerações pretéritas, e a mesma sentença nos espera nas gerações futuras.
Um empreendimento imagina-se e começa-se com facilidade; mas na maior parte das vezes sai-se dele com dificuldade.
O melhor modo de venerar os santos é imitá-los.
Erasmo de Roterdã
"The "Adages" of Erasmus". London: Cambridge University Press, 1964.
As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.
Os defeitos de quem amamos, devemos vê-los com os mesmos olhos com que vemos os nossos.
Jasmineiro em flor.
Ciranda o luar na varanda.
Cheiro de calor.
Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.
Sonho Oriental
Sonho-me ás vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsamica e fulgente
E a lua cheia sobre as aguas brilha...
O aroma da magnolia e da baunilha
Paira no ar diaphano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...
E emquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um scismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,
Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descanças debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.
Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.