Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade

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Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

As leis mantêm-se em vigor não por serem justas, mas por serem leis.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

A mais sutil loucura é feita da mais sutil sensatez.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Por que estás assim,
violeta? Que borboleta
morreu no jardim?

A honestidade é uma cor delicada, que teme o ar.

A vida tem uma só entrada: a saída é por cem portas.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

A razão é escrava quando a fé e autoridade são senhoras.

Quando se corre atrás do espírito, apanha-se a tolice.

Sirvo-me de animais para ensinar o homem.

Os homens geralmente preferem ser enganados com prazer a ser desenganados com dor e desgosto.

Tudo é relativo, salvo o infinito.

Quando a consciência nos acusa, o interesse ordinariamente nos defende.

A força dos governos é inversamente proporcional ao peso dos impostos.

Pensar só em si e no presente é uma fonte de erro em política.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.