Falo o que Sinto
É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção... porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada.
Eu minto. Digo que não sinto ciúme, digo que estou bem, digo que não gosto de flores, digo que não me importo, digo que não sinto falta.
É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção... porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque eu escrevo! Que fatalidade é esta?
Sinto uma necessidade extrema de estar sempre a criar algo.
Executo-as com paixão, todas ao mesmo tempo.
Mas não me apego a absolutamente nada do que eu crio.
Sequer tenho um livro meu. Sequer guardo fotografias,
diplomas, resultados, honrarias.
A única coisa que me interessa é criar.
= Este é o meu sentido da vida. ;D
Eu sinto falta de ligar o celular e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo.”
"Eu tenho medo da força absurda que eu sinto sem você, de como eu tenho muito mais certeza de mim sem você, de como eu posso ser até mais feliz sem você."
Às vezes é difícil esquecer:
"Sinto muito, ela não mora mais aqui"
Mas então, por que eu finjo
Que acredito no que invento?
Nada disso aconteceu assim
Não foi desse jeito
Ninguém sofreu
É só você que me provoca essa saudade vazia
Tentando pintar essas flores com o nome
De "amor-perfeito"
E "não-te-esqueças-de-mim"
Não tenho pretensão nenhuma de ser mestre de nada.
Escrevo apenas o que sinto, o que vivo, o que penso.
Se você gosta, fico contente. Se não gosta, só lamento.;D
Já que tenho de salvar o dia de amanhã, já que tenho que ter uma forma porque não sinto força de ficar desorganizada, já que fatalmente precisarei enquadrar a monstruosa carne infinita e cortá-la em pedaços assimiláveis pelo tamanho de minha boca e pelo tamanho da visão de meus olhos, já que fatalmente sucumbirei à necessidade de forma que vem de meu pavor de ficar delimitada – então que pelo menos eu tenha a coragem de deixar que essa forma se forme sozinha como uma crosta que por si mesma endurece, a nebulosa de fogo que se esfria em terra. E que eu tenha a grande coragem de resistir à tentação de inventar uma forma.
Então sinto falta. Aí vou na esquina e cato o primeiro que passar. Quanto custa? Vamos lá, qualquer um.
Me dá notícias. Se encontrar um daqueles telefones, ligo qualquer noite (...). Sinto saudade, ando meio só. Um beijo, cem beijos.
Sabe o que eu sinto? Tem duas coisas me puxando, dois tipos de vida — e eu não quero nenhum deles. Quero um terceiro, o meu.
Sinto que este é um período de luta depois do qual tudo deve abrir, ficar mais fácil, menos batalhado. Quero que daqui pra frente a vida seja hoje. A vida não é adiável.
De vez em quando me sinto um pouco sozinho, porque as minhas estorelhas amorosas continuam não dando certo nunca, mas logo passa. Tenho paciência e confio que Jesuzinho um dia e de repente me mande uma pessoa divina-maravilhosa. Ou não: mas de qualquer forma tenho a minha tarefa.
